Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Leal, Fernanda Andrade
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Orientador(a): |
Bastos, Ana Cecília de Sousa Bittencourt
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Banca de defesa: |
Castro, Mary Garcia,
Bacha, Marcia Simões Corrêa Neder,
Cavalcanti, Vanessa Ribeiro Simon,
Ferandes, Cláudia Mascarenhas,
Menezes, José Euclimar Xavier de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/prefix/397
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Resumo: |
Essa tese surge das inquietações suscitadas a partir da prática clínica psicanalítica da pesquisadora, mais especificamente, nas escutas de mulheres em estado puerperal e ao longo dos primeiros anos de vida do bebê, bem como da literatura produzida sobre essa temática. Percebe-se que o testemunho clínico contrasta fortemente com a premissa disseminada nas sociedades psicanalíticas de que para Sigmund Freud a mulher alcança sua feminilidade e se realiza como mulher quando por fim se torna mãe. A presente tese, então, tanto discute a premissa freudiana que equivale mãe e mulher, o que colabora para estabelecer um modelo normativo de mãe, quanto mais investiga, em literatura de diversas vertentes, o debate sobre a idealização da maternidade, que aparece como um dos construtos que fazem do puerpério um período de intensa vulnerabilidade psíquica. A hipótese sustentada é de que a vulnerabilidade psíquica do pós-parto corresponde a um estado psicológico materno próprio das sociedades contemporâneas ocidentais. Partindo dessa hipótese, a pesquisadora procura identificar na literatura o que a psicanálise freudiana oferece para tal reflexão. Para tal percurso são priorizados cinco discursos: a) o lugar que a mãe e a mulher ocupam na teoria freudiana, a partir de obras selecionadas de Sigmund Freud que abordam o tema do feminino e da histeria; b) o lugar da mãe e da mulher na história da psicanálise, a partir da historiadora francesa Elisabeth Roudinesco e do psicanalista francês Jacques Lacan; c) a história da construção do mito da maternidade na sociedade ocidental, a partir da historiadora e feminista francesa Elisabeth Badinter; d) a abordagem sociológica sobre a maternidade, a partir da socióloga, feminista e psicanalista americana Nancy Chodorow; e) as particularidades do campo materno que a psicologia perinatal trouxe à luz; e, por fim, f) o lugar do pai no contexto perinatal. Tal percurso subliminarmente se faz por um tipo de leitura que decola da experiência clínica. O material clínico que serve à análise proposta, no entanto, advém da própria literatura acessada e não da clínica pessoal da pesquisadora. Trata-se, portanto, de uma pesquisa psicanalítica combinada à pesquisa documental de base bibliográfica. |