Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Theobald, Pedro |
Orientador(a): |
Cunha, Patricia Lessa Flores da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/15565
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Resumo: |
Tentativas de se escrever uma história da literatura alemã no Brasil têm sido recorrentes desde o século XIX. Assumiram diversas formas, do estudo comparativo à antologia, da história autônoma ao ensaio, da história da literatura universal às listas canônicas. Foram consideradas na presente tese, recebendo ênfase as histórias autônomas, modalidade em que se produziram dez títulos entre 1936 e 1997. O interesse que tais histórias apresentam passa por diversos campos: a historiografia literária, o comparativismo e a tradução. Observou-se como os autores lidam com a importante questão de escrever história da literatura para estrangeiros e das realidades a serem consideradas na execução dessa tarefa. Desde o primeiro estudo aqui analisado houve interesse em colocar a literatura alemã em confronto com outras literaturas. Tal fato se tornou mais expresso nas primeiras histórias autônomas, que, apesar de deficientes, faziam referências ao Brasil e à sua literatura. A década de 1960 pode ser considerada um divisor no ensino de língua e literatura alemã no Brasil, bem como na historiografia brasileira da literatura alemã. Em uma polêmica entre historiadores da área, constatavam-se as deficiências das obras existentes, reivindicando-se outras que apresentassem a literatura alemã de um ponto de vista secular, objetivo e de bases científicas. Simultaneamente, começavam a ocorrer congressos de professores latinoamericanos de Germanística, em cujos relatos transparece o desejo de um ensino de língua e literatura voltado para a realidade do país de destino. Tais reivindicações assumiram, nas décadas seguintes, a forma da Germanística Intercultural, modo específico de comparativismo na área em questão. As histórias da literatura, no entanto, pouco uso fizeram dos princípios propugnados por essa corrente, ficando, em parte, presas a modelos historiográficos ultrapassados. Em meio a teorias que apontam para a construção da história e desconfiam da produção de qualquer relato da totalidade e em meio a grandes projetos historiográficos comparativos desenvolvidos em outros países, resta ao Brasil encontrar um caminho para produzir a sua primeira grande história da literatura alemã. |