Um encontro com Anna Seghers: tradução, insubordinação, criatividade e a presença do fremd

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Botelho, Jose Rodrigo da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-06122012-180451/
Resumo: Este trabalho apresenta uma tradução crítica da narrativa Die Reisebegegnung (O encontro de viagem), da escritora alemã Anna Seghers. Através dessa tradução, discute-se o ato de traduzir, questionando-se o modelo de tradução predominante no mercado editorial, que exige textos fluentes, nos quais se apagam as marcas de estrangeiridade. Esta dissertação propõe uma alternativa ao modelo: destacar o caráter estrangeiro da obra em vez de tentar apagá-lo, proporcionando ao leitor uma experiência com o texto estrangeiro que vá além do conteúdo e chamando sua atenção para questões de linguagem. Isso confere maior espaço e visibilidade para o trabalho criativo do tradutor, explícito aqui por meio do aparato crítico que acompanha a tradução. Essa alternativa se sustenta principalmente nas ideias de Friedrich Schleiermacher, Lawrence Venuti e Antoine Berman, que defendem a tradução chamada de estrangeirizadora, isto é, aquela que abre e garante espaço para o estranho (estrangeiro, fremd) no texto de chegada.