Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Reis, Claudio Ricardo Martins dos |
Orientador(a): |
Carvalho, Eros Moreira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/204548
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Resumo: |
Esta tese versa sobre filosofia da ciência, mais especificamente, sobre as relações entre ciência e valores. Ela tem quatro objetivos: (i) analisar abordagens filosóficas contemporâneas para as relações entre valores e atividade científica; (ii) avaliar essas abordagens levando em conta uma percepção social e histórica da ciência; (iii) articular uma crítica social a certos aspectos da ciência moderna; e (iv) defender um ideal que fortaleça a integridade da ciência e a pluralidade de valores e atores(as). Apesar de não focar em um único autor, apresento, articulo e defendo duas teses normativas desenvolvidas pelo filósofo da ciência Hugh Lacey. A primeira envolve a defesa de um ideal de imparcialidade no momento de avaliação de teorias como itens do conhecimento científico estabelecido. Em outros termos, envolve a defesa da atitude de assegurar teorias levando em conta apenas a adequação empírica e outros valores cognitivos. No entanto, essa não é a única atitude cognitiva que um(a) cientista toma em relação a teorias. Quando se trata de teorias ainda não estabelecidas, a imparcialidade não é possível nem desejável. Nesses casos, valores éticos e sociais possuem um papel, ainda que indireto, na avaliação de teorias. A segunda tese que defendo, baseado em Lacey, afirma que a atividade científica deve ser guiada por um pluralismo de metodologias ou estratégias de pesquisa. Pluralismo de estratégias possui um sentido mais forte que um simples pluralismo de disciplinas, na medida em que diferentes disciplinas podem ser guiadas por uma mesma estratégia. Neste ponto, faço uso da distinção de Lacey entre estratégias descontextualizadoras e estratégias sensíveis ao contexto, destacando que a ciência moderna tem privilegiado as primeiras e que precisamos fortalecer pesquisas guiadas por estratégias sensíveis ao contexto. A defesa do pluralismo de estratégias é realizada com base nos ideais de abrangência e de neutralidade inclusiva, bem como no fortalecimento do ideal de imparcialidade. Além de discutir esses temas na filosofia da ciência em geral, busco aplicá-los à filosofia das ciências cognitivas. |