[pt] DO RACIONALISMO CRÍTICO AO ANARQUISMO PLURALISTA: UMA RUPTURA NA TRANSFORMAÇÃO DO PENSAMENTO DE PAUL FEYERABEND

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: VIRGINIA MARIA FONTES GONCALVES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5407&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5407&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.5407
Resumo: [pt] Paul Karl Feyerabend é geralmente conhecido como o filósofo da ciência contrário à idéia de um método científico único, à racionalidade e à ciência enquanto conhecimento privilegiado. Defendendo o anarquismo epistemológico, Feyerabend afirmou que, em se tratando de regras metodológicas para a ciência, a única regra possível é tudo vale. Por entendermos que essa imagem é excessivamente simplificadora da epistemologia proposta por Feyerabend, pretendemos mostrar que este filósofo foi muito mais um ardoroso crítico da uniformidade e defensor da diversidade quanto às formas de conhecimento e visões de mundo, do que um opositor da ciência per se. Sob esse enfoque, a obra feyerabendiana ocupa uma posição diferenciada no debate sobre a racionalidade ou não da ciência, uma vez que sua abordagem vai além das propostas irracionalistas relativistas que afirmam a influência de fatores não racionais no desenvolvimento do conhecimento dito científico. Nesta pesquisa, daremos ênfase às teses feyerabendianas que trazem um alerta quanto à falta de crítica aos cânones científicos - Objetividade, Razão e Verdade - enquanto legitimadores da primazia da ciência sobre outras formas de conhecimento. Além disso, iremos discutir as conseqüências indesejáveis que a ausência dessa crítica traz, não apenas no âmbito da filosofia da ciência como também ao desenvolvimento desse conhecimento e, principalmente, à realização da individualidade, da liberdade e das potencialidades humanas.