Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Brizola, Jaqueline Hasan |
Orientador(a): |
Kühn, Fábio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/116631
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Resumo: |
Este trabalho tem por objetivo discutir os impactos da varíola em Porto Alegre no século XIX, tendo como ponto de partida as ações protagonizadas pelos diferentes sujeitos que vivenciaram, à época, a experiência da doença e das posturas que se estabelecem contra ela. Em 1846, regulou-se a vacinação contra a varíola como prática de Estado; a recepção da nova lei, entretanto, não alcançou a notoriedade esperada por agentes do governo imperial, já que a ampla maioria da população não estava informada dos propósitos da vacina e não conferia legitimidade à medida. Observando o perfil social dos variolosos percebe-se que aqueles sujeitos, protagonistas dos conflitos de seu tempo foram capazes de elaborar respostas próprias às demandas da doença, tendo buscado os préstimos do hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre com vistas a aliviar seus sintomas. A recusa à vacinação foi constatada por meio de muitos relatórios governamentais no período, mas também ficou evidente mediante a observância da varíola como uma doença endêmica na cidade, que alcançou surtos epidêmicos graves, como no ano de 1874, quando 1% da população faleceu em função do contágio. Analisando as repostas elaboradas pelo incipiente “poder público” para o combate à epidemia, observou-se a inoperância das medidas profiláticas vigentes, já que o isolamento de pessoas, tido como necessário para a não propagação da doença, era regra para uma parte da população, majoritariamente sujeitos livres pobres e escravos, enquanto a doença atingiu indiscriminadamente todos os setores ou classes sociais. |