Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Montenegro, Francisco Valberdan Pinheiro |
Orientador(a): |
Guareschi, Neuza Maria de Fátima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255976
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Resumo: |
No presente trabalho problematizei as estratégias de governo da vida e da morte no contexto brasileiro durante a pandemia de Covid-19. Tal problematização é feita tecida a partir da articulação conceitual entre biopolítica e necropolítica como forma de abordar as relações de poder contemporâneas. Tomando aquilo que veio a ser conhecido pelo nome de “tratamento precoce” como superfície de inscrição e análise, acompanhei tanto a sua composição enquanto uma prática social, quanto a sua atuação no campo das estratégias bionecropolíticas de gerenciamento da vida e distribuição de morte no presente em que vivemos. Para tanto, delimitei as bases metodológicas para um mapeamento dos elementos que compõem a rede sociotécnica do tratamento precoce. O mapeamento se deu tendo como entrada duas materialidades documentais principais, a saber o relatório da CPI da Pandemia e a linha do tempo do CEPEDISA, que permitiram rastrear outras associações necessárias à performação do tratamento precoce. Nesse processo, constatei que o tratamento precoce se operacionalizou em grande medida pela captura política da incerteza, mas também trabalhou para se estabilizar como enquadramento alternativo às medidas não farmacológicas de prevenção da Covid-19. Junto a este mapeamento sociotécnico, empreendi uma reflexão sobre os efeitos do tratamento precoce no âmbito de uma ontologia do presente em que vivemos. Nesta reflexão, problematizo o tratamento precoce enquanto uma estratégia de governamento que chamo de necrofarmacológica. Além disso, reflito sobre as estratégias necrofarmacológicas como o tratamento precoce no âmbito da racionalidade neoliberal com a qual se tenta governar o presente em que vivemos. |