Resíduos eletroeletrônicos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul : um diagnóstico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Melissa Silva
Orientador(a): Veit, Hugo Marcelo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/210609
Resumo: Com o aumento da demanda por equipamentos de telecomunicação e informática, observou-se um grande crescimento da indústria eletroeletrônica. Porém, o descarte dos resíduos eletroeletrônicos, os REEEs, quando atingem o fim da vida útil, é um problema mundial, pois são considerados um resíduo perigoso. No intuito de implementar melhorias no processo de gestão dos REEEs, surgiram conceitos como os 5´Rs e a Logística Reversa e muitos países adotaram políticas mais severas. No entanto, muitas instituições apresentam problemas de gestão destes resíduos, tanto pela falta de clareza da legislação, quanto pelo fato de necessitar seguir procedimentos que não permitem alternativas locais. Caso das instituições federais de ensino no Brasil, contexto no qual se enquadra a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. A instituição segue leis federais, estaduais e municipais para solicitação, patrimônio e descarte do REEEs, dificultando que novas políticas ou melhorias possam ser implantadas, ou mesmo parcerias com a comunidade local sejam facilitadas. Para efetuar uma análise dos EEE na UFRGS, foram extraídos dados do sistema de patrimônio da universidade, entre 2008 e 2018, nos quais foram apontados 87 tipos diferentes de equipamentos. Neste período foram patrimoniados 55.857 EEE e foram baixados, ou seja, receberam baixa patrimonial e contábil, 9.505 EEE, representando 17,01 % do total tombado. Este percentual sugere que os EEE possam ainda estar em uso, apresentando um ciclo de vida maior que a meta de 5 anos de utilização instituída na universidade. E, apesar de atender os procedimentos da legislação a qual pertence, destinando os EEE ou REEE através de doação, caso preferencial, ou por leilão, não se têm total rastreabilidade em outros tipos de baixa. Além disso, há dificuldades em implantar melhorias, devido às barreiras da lei, da mesma forma que ocorre em outras instituições federais no Brasil. Entretanto, foi possível demonstrar, através deste estudo, que na comercialização de REEE de CPUs inteiras para empresas recicladoras, poderia se obter um valor de venda de R$ 147.960,00. No entanto, se extraídos os metais das placas de circuito impresso da mesma quantidade de CPUs, previamente recicladas, é possível alcançar um valor de R$ 164.808,16, representando 11,4 % a mais. Estes dados indicam que a reciclagem e comercialização de REEEs pode ser uma opção economicamente atrativa para a UFRGS.