Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Caroline da Luz |
Orientador(a): |
Falci, Diego Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263455
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Resumo: |
Base teórica: Com o crescimento do número de mulheres com HIV houve o fenômeno da feminização da doença que quando entrelaçado ao papel que a mulher ocupa na sociedade, precisa ser olhado com maior atenção. Falar da qualidade de vida de pessoas que vivem com o vírus e de sexualidade feminina é urgente para que consigamos diminuir os estigmas e aumentar os cuidados para com essas mulheres em diversas dimensões, fazendo com que preservem sua dignidade e garantam seus direitos. Objetivo: Avaliar a satisfação sexual e qualidade de vida em mulheres portadoras de HIV/AIDS atendidas no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre contemplando uma revisão sistemática das produções já existentes sobre QV e satisfação sexual de MVHA no Brasil e no mundo. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado em mulheres vivendo com HIV em acompanhamento no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As participantes incluídas no estudo foram somente mulheres tanto cisgênero quanto transgênero, com carga viral indetectável e idade igual ou superior a 18 anos. Utilizou-se a Escala de Satisfação Sexual Feminina (SSS-W) para medir a satisfação sexual e o instrumento WHOQOL-HIV Bref para medir a qualidade de vida dessas mulheres. Para testar as associações entre as variáveis foram utilizados testes de Wilcoxon / Kruskal-Wallis e correlação de Spearman. Resultados: A média de idade das 77 mulheres entrevistadas foi de 49 anos (DP = 11,71). Predominaram mulheres solteiras na amostra (40,2%). Em nosso estudo há a possibilidade de afirmarmos que há uma correlação significativa moderada entre a QV e a satisfação sexual nas MVHA (coeficiente de correlação = 0,33) (0,0030). Encontrou-se uma discreta tendência de que a satisfação sexual seja estatisticamente significativa nas mulheres com relacionamento estável do que nas mulheres com relacionamento não estável (110,92 vs. 102,43) (p=0,15), embora não tenha sido demonstrada uma correlação significativa entre satisfação sexual e a idade das entrevistadas (coeficiente de correlação = -0,095; p=0,40). Na percepção de sua saúde, 72,7% das entrevistadas consideram sua saúde entre “boa ou muito boa” e as mulheres que descreveram sua saúde como “boa ou muito boa” apresentaram maior 7 escore de QV em comparação àquelas que descreveram como “muito ruim, ruim ou mais ou menos” (111,25 vs. 101,00) (p=0,0034). Conclusão: A correlação entre QV e SSS ainda que moderada, nos sugerem uma influência entre essas facetas na vida das MVHA, nesse sentido, são necessários mais estudos, uma vez que são escassos, afim de nos aprofundarmos nestes assuntos tão complexos. A promoção de um meio ambiente seguro e de relações sociais saudáveis impactam diretamente na QV de MVHA, assim como as que apresentam maior escore na QV também se mostram com maior contentamento, compatibilidade, menor preocupação sexual e menor preocupação pessoal. Neste sentido, entendemos que é necessário acolher essas mulheres para além do tratamento medicamentoso, ampliando o acesso à informação, não só delas mas da sociedade para que tentemos desestigmatizar cada vez mais quem vive com HIV/AIDS e trabalhar fortemente para o empoderamento das MVHA. |