Relações energéticas entre potência, eficiência e economia locomotora em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Coertjens, Marcelo
Orientador(a): Peyré-Tartaruga, Leonardo Alexandre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188724
Resumo: Introdução: o estudo da energética locomotora permite conhecer fenômenos locomotores a partir de uma perspectiva integrativa e, dessa forma, conhecer suas características, determinantes, bem como, avaliar o efeito de intervenções. Objetivos: o presente estudo teve dois objetivos: analisar por meio de uma revisão narrativa o ―estado da arte‖ das relações entre economia, eficiência e potência em diferentes tipos de locomoções, sob efeito de diferentes restrições e desordens locomotoras (Artigo A); avaliar por meio de um ensaio clínico o efeito da Reabilitação Pulmonar (RP) nas relações entre potência e economia através de parâmetros energéticos locomotores e comparar esse efeito entre pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) submetidos ou não a redução de volume pulmonar por válvulas endobrônquicas (RVPVE) (Artigo B). Desenho Experimental: Revisão Narrativa e Ensaio Clínico Não Randomizado (ECNR). Local da Pesquisa: Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (ESEFID) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Métodos: para o Artigo A, foi realizada uma ampla revisão de literatura não permitindo restrições em relação ao período da publicação e utilizando critérios pessoais para sua escolha; para o Artigo B, 16 pacientes submetidos ou não a RVPVE foram avaliados antes e depois da RP. Desfechos do Artigo A: foram verificados resultados de custo metabólico ou economia, eficiência mecânica e potência e analisados suas relações a partir do tipo de locomoção realizada. Desfechos do Artigo B: Foram avaliados desfechos locomotores e energéticos em testes de caminhada realizados no plano: distância percorrida, velocidade no Teste de Caminhada de seis minutos (VelTC6), velocidade autosselecionada (VAS) e máxima (Vmáx) de caminhada, Índice de Realibilitaçao Locomotora (IRL); na inclinação: velocidade vertical de caminhada, potência mecânica vertical (Potmecvert); no cicloergômetro: eficiência mecânica (eff), Tempo limite (Tlim) e desfechos respiratórios em testes de função pulmonar. Procedimentos Estatísticos: para o Artigo B, os dados foram apresentados em ―model-based adjusted means‖ e foram analisados com o software Statistical Package for the Social Science (SPSS) v.22.0. Adotou-se um nível de significância de α = 0,05. Resultados: A RP aumentou o Tlim (3x), a potência nos desfechos locomotores (VelTC6: +7,5%; VAS: +11,0%; Vmáx: +11,3%; Potmecvert líquida: +14,1%; velocidade vertical: +12,1%;), energéticos (IRL: +11,1%; effisotime: +19,4%; efffinal: +10,2%) e diminuiu a dispneia (mMRC: -60%) (p < 0,05). Conclusão: pessoas com diferentes tipos de restrições locomotoras, dentre eles pacientes com DPOC, apresentam diminuição da economia de caminhada porque precisam caminhar em velocidades reduzidas. Intervenções apropriadas, especialmente aquelas que desenvolvem a produção de potência, permitem que essas pessoas consigam aumentar a velocidade de caminhada, diminuir seu custo energético e suportar níveis maiores de estresse fisiológico. É possível que os pacientes submetidos a RVPVE sofreram adaptações antes da RP, o que acabou limitando um possível efeito adicional.