Regimes de taxas de juros e acumulação de capital : um exercício neokaleckiano para o Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Eick, Luis Felipe Peixoto
Orientador(a): Cunha, Andre Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239840
Resumo: O presente estudo busca identificar o regime de acumulação vigente na economia brasileira no período pós-estabilização inflacionária, tendo a taxa de juros como parâmetro de análise. Com base na extensão monetária do modelo neokaleckiano exposta por Hein (2007), levantamos a possibilidade da vigência de três regimes, a depender das reações das variáveis de equilíbrio do modelo (taxa de acumulação de capital, utilização de capacidade produtiva e taxa de lucro) a variações exógenas dos juros: a) contracionista, no qual as variáveis de equilíbrio são afetadas negativamente pelo crescimento dos juros; b) intermediário, no qual as variáveis de equilíbrio apresentam efeitos mistos; c) puzzling, no qual as variáveis de equilíbrio são afetadas positivamente pelo crescimento dos juros. Para identificar a ocorrência dos regimes de acumulação, este trabalho propõe um exercício de estimação de modelos vetoriais de correção de erros (VEC). Além de um modelo principal baseado na taxa real efetiva de juros, são estimados dois modelos adicionais com indicadores de juros alternativos. A análise das funções impulso-resposta dos modelos estimados aponta para a vigência de um regime contracionista ao longo do período analisado. Observa-se a precedência, no sentido de Granger, da Selic em relação à utilização de capacidade, levantando a possibilidade de efeitos de transmissão para a acumulação pela via do regime de demanda. Ademais, a análise da TJLP revela um possível efeito de obstrução em relação à taxa básica de juros.