Avaliação da viabilidade e estudo piloto de uma intervenção por aplicativo para adesão à terapia antirretroviral em indivíduos com HIV EeAIDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Schaab, Bruno Luis
Orientador(a): Remor, Eduardo Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/218980
Resumo: A terapia antirretroviral é um dos principais marcos no tratamento e combate ao HIV e AIDS, diminuindo índices de mortalidade e morbidade, além de facilitar a manutenção da qualidade de vida. A tomada correta e assídua destes medicamentos é essencial para o controle do vírus, sobretudo porque indivíduos com a carga viral indetectável deixam de transmitir o HIV. Apesar da disponibilidade e gratuidade da terapia antirretroviral em muitos países, como é o caso do Brasil, várias pessoas com HIV ainda experimentam barreiras para aderir ao tratamento. Dentro do cenário de doenças crônicas, tem ganhado destaque o uso de tecnologias móveis, com mHealth, nos processos de prevenção, promoção e manutenção da saúde. Dada a larga utilização de celulares e a difusão da internet, estes podem servir para hospedar intervenções, como as voltadas para adesão ao tratamento, que atendam aos critérios de eficácia e aceitabilidade. Assim, propomos um novo aplicativo de celular e tablet que possa auxiliar na adesão à terapia antirretroviral, com atividades digitais que incidem sobre variáveis relevantes para a adesão, de acordo com a estrutural dimensional de uma medida amplamente utilizada no contexto de adesão ao tratamento do HIV. Seguindo o processo lógico de desenvolvimento deste tipo de ferramenta, dois estudos foram executados. Incialmente, a partir de 8 pessoas com HIV e 16 juízes da área de saúde e Tecnologia da Informação (TI), buscamos obter feedback para melhora dos conteúdos e usabilidade do app, além de objetivamente mensurar índices de usabilidade do sistema com os usuários finais (pessoas com HIV). Os profissionais de TI fizeram contribuições para melhora da usabilidade do app, enquanto aqueles da saúde, forneceram mais feedback acerca dos conteúdos. Participantes pessoas com HIV praticamente não fizeram apontamentos para melhorar a usabilidade e conteúdos, porém a aplicação das medidas de usabilidade apontou que o app teve uso acessível. No segundo estudo, após a implementação de feedback anterior, foi executado o estudo de viabilidade do aplicativo. Participaram dezoito pessoas com HIV, provenientes de uma ONG brasileira. Estes usaram o app durante quatro semanas. O uso do aplicativo não apresentou benefícios a nível grupal, contudo alguns participantes melhoraram seus escores de adesão ao tratamento. Demais medidas de viabilidade foram verificados, como a recrutabilidade, que foi de 95%, e assiduidade às sessões, que esteve em 62,5%. Neste caso, a assiduidade das pessoas com carga viral detectável foi menor ainda, com comparecimento de 32,5% das sessões. Ademais, de modo geral, os participantes mostraram-se satisfeitos com a intervenção, além de ver no app uma ferramenta capaz de ser informativa, motivadora e um meio de ventilar emoções sobre a saúde. Os dados obtidos aqui servirão para preparar um ensaio clínico randomizado.