A comunidade dos clássicos e a nova comunidade : um estudo da organização de Ecovilas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Machado, Matheus Oliveira
Orientador(a): Meira, Fábio Bittencourt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184521
Resumo: A organização das ecovilas desafia o conceito de comunidade, tanto no campo da Sociologia quanto da Filosofia. A definição formal identifica as ecovilas como comunidades intencionais, tradicionais ou rurais resultantes de projetos coletivos e com o objetivo de regenerar o ambiente social e natural. Esta definição é produzida paradoxalmente por uma grande corporação, a Global Ecovillage Network (GEN) detém a legitimidade da enunciação do que significa ser uma ecovila, e certifica experiências ao redor do mundo. Esta pesquisa problematiza a apropriação do termo comunidade pelo movimento das ecovilas, a partir de duas perspectivas: a primeira é teórica e analisa a literatura produzida pela GEN; a segunda é empírica e compreensiva, produzida através de observação participante numa ecovila situada no sul do Brasil. A conclusão situa as ecovilas como manifestação comunitária contemporânea. Isto quer dizer que ecovilas sobrevivem em meio a contradições. Enquanto o discurso contido no material produzido pela GEN apresenta indícios de uma concepção romântica da comunidade, o caráter de sua precipitação fenomênica se situa numa espécie de interstício social e organizacional, lugar em que a experiência do ser-em-comum e a propriedade vivem no limite de uma síntese impossível.