Estudo imuno-histoquímico de receptores hormonais em meningeomas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Hilbig, Arlete
Orientador(a): Coutinho, Ligia Maria Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/115310
Resumo: Os autores realizaram uma avaliação de 246 casos de meningeomas diagnosticados no Departamento de Patologia da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre durante 25 anos (março de 1968 a março de 1993). Esses tumores foram classificados como típico, atípico, anaplásico e papilar segundo critérios previamente definidos. Desses casos foram separados, aleatoriamente, 116 tumores (60 típicos, 46 atípicos, 9 anaplásicos e 1 papilar) e realizada técnica imuno-histoquímica para receptores de estrógeno e progesterona com o objetivo de determinar se existe diferença entre tumores típicos e não típicos em relação aos receptores hormonais. Entre os critérios utilizados para definição de tumores não típicos, a invasão do SNC predominou com 62,3% dos casos. Áreas de necrose estiveram presentes em 45,9% dos meningeomas, 36% apresentaram aumento do número de mitoses, 39,3% foram hipercelular e 32,8% mostraram anaplasia citológica. Os meningeomas foram típicos em 75,22% dos casos, atípicos em 19,1%, anaplásicos em 4,47% e papilar em 1,21%. A localização supratentorial foi mais freqüente em ambos os grupos (típicos e não típicos) e houve predomínio pelo sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi entre 51 e 60 anos. Houve recidiva em 3,78% dos meningeomas típicos, em 42,55% dos atípicos, 45,45% dos anaplásicos e não houve recidiva nos 3 casos de tumores com características papilares. A técnica imuno-histoquímica para receptores de estrógeno foi negativa em todos os meningeomas estudados. Os receptores de progesterona foram detectados, pela imuno-histoquímica, em 58,33% dos meningeomas típicos e em 48,21% dos tumores não típicos. Essa diferença não foi estatisticamente significativa. Entretanto, considerando individualmente os critérios utilizados para seleção dos não típicos, os tumores que apresentaram, de forma concomitante, invasão do SNC e aumento da taxa mitótica ou necrose, bem como a soma das três característica, foram predominantemente negativos para receptor de progesterona (p=0,038; p=0,001 e p=0,044 respectivamente). Os autores concluem que os critérios utilizados para definição de típicos e não típicos foram adequados para predizer maior chance de recidiva tumoral; que os receptores de estrógeno não estão presentes em meningeomas; que receptores de progesterona estão presentes na maioria dos meningeomas estudados; que a presença de receptor de progesterona isoladamente não é suficiente para predizer maior malignidade tumoral; e que nos tumores que apresentam invasão do SNC associado a áreas de necrose e/ou aumento da taxa mitótica, predominaram os negativos para receptor de progesterona, fazendo crer que esse grupo deve apresentar resposta pobre a uma possível manipulação hormonal.