Análise da concordância entre o diagnóstico clínico e histopatológico de folículos pericoronários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Viviane Palmeira da
Orientador(a): Sant'Ana Filho, Manoel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194316
Resumo: Os folículos pericoronários são tecidos que circundam as coroas de dentes não erupcionados. Sua estrutura tecidual é composta por tecido conjuntivo, remanescentes do epitélio odontogênico e restos do epitélio reduzido do órgão do esmalte, os quais podem sofrer estímulos e se transformar em cistos ou tumores odontogênicos. Alguns estudos têm se dedicado a entender o potencial de proliferação e as chances de transformação patológica desses remanescentes epiteliais. Porém, observa-se que, na literatura, não há consenso no que diz respeito a esses assuntos. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o índice de concordância entre os diagnósticos clínicos e histopatológicos de folículos pericoronários. Para tal finalidade, foi realizado um levantamento de casos com diagnóstico clínico de folículo pericoronário do banco de arquivos do Laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade do Rio Grande do Sul, referente aos anos de 2000 a 2008. Após a revisão das lâminas, os diagnósticos foram relacionados com idade, gênero, localização e presença de remanescentes epiteliais e inflamação difusa . A amostra de conveniência foi de 1302 casos. O índice de concordância entre o diagnóstico clínico e os diagnósticos revisados não teve significância estatística (pabak: 0.479). Os diagnósticos histopatológicos demonstraram 59.8% de folículos pericoronários, 30% de cistos dentígeros, 6,8% de cistos paradentais e 1,6% de pericoronarite. Observou-se que os folículos foram predominantes na segunda década de vida (58.8%), enquanto que as pessoas na terceira e na quarta década obtiveram esse diagnóstico diminuído e patologias aumentadas. Diante dos achados, concluímos que os folículos pericoronários apresentam chances significativas para desenvolvimento de patologias odontogênicas. Por isso, consideramos pertinente a adoção do exame anátomo-patológico de rotina dos folículos pericoronários na prática clínica odontológica.