Aliando gênero e Física : um produto didático sobre quantidade de movimento e visibilidade da mulher na Ciência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Schmitz, Paula Rolin
Orientador(a): Pan, Aline Cristiane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271625
Resumo: Desafios diários são enfrentados nas escolas por professores de todas as disciplinas, tais como a adequação às tecnologias, falta de engajamento dos alunos e sobrecarga de trabalho. Na Física, apresentam-se os mesmos problemas acrescidos do desinteresse dos alunos pela disciplina, muitas vezes gerado pela ênfase na memorização de fórmulas e pela falta de contextualização dos conceitos trabalhados. Além disso, existem conteúdos que, embora sejam relevantes, acabam sendo “ocultados” da sala de aula, como o estudo da quantidade de movimento. Entre outros fatores, o excesso de tempo no estudo da cinemática, a dificuldade dos alunos em lidar com o formalismo matemático e a opção por outros temas da mecânica acabam levando a essa ausência. Há também a falta da contextualização histórica e social, na forma como é ensinada, e temas como a visibilidade da mulher na Ciência, que apesar de identificada pelos alunos, raramente repercute entre eles ou ganha espaço para discussão na sala de aula. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é oportunizar que o aluno possa ser protagonista do seu aprendizado, compreendendo os princípios físicos relativos à quantidade de movimento e engajando-se em discussões acerca dos estereótipos de gênero no contexto da Ciência. Para tanto, utiliza-se como estratégia metodológica a narrativa, a criação de podcast, os debates, as ferramentas tecnológicas (Kahoot, Mentimeter, Google Formulário, Google Sala de Aula) e as atividades experimentais. A proposta foi implementada em três turmas de 1º ano do Ensino Médio de uma escola pública. Mesmo com perfis de turma diferentes (quantidade de entregas, participação em aula, frequência dos estudantes) o engajamento nas atividades foi notável, demonstrando que explorar novas estratégias de ensino na disciplina de Física podem dar bons resultados e gerar mudanças em suas concepções da realidade. Um texto foi construído com os alunos e tarefas foram solicitadas, com o intuito de fazê-los participarem efetivamente do seu processo de aprendizagem. A narrativa foi utilizada como uma ferramenta condutora para introdução de questões relacionadas à equidade de gênero e como introdução para o conceito quantidade de movimento. O podcast é o formato escolhido para a apresentação do que foi entendido das discussões em aula sobre gênero e as ferramentas tecnológicas permearam a sequência, medindo o conhecimento dos estudantes nas atividades. A partir do experimento que aborda a quantidade de movimento de esferas de aço, os estudantes puderam ainda colocar em prática o conhecimento adquirido, testando o que aprenderam e revisando o conteúdo. A combinação de conceitos teóricos e práticos na sala de aula, com a discussões sobre gênero da ciência, melhoram a experiência de aprendizado dos estudantes. Esses elementos não só fortalecem a compreensão dos alunos dos princípios da física, mas também promovem um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e engajado.