Avaliação da ureterneocistostomia sem mecanismo antirrefluxivo pela técnica de full-thickness na função do enxerto renal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fernandes, Andre Sobreiro
Orientador(a): Silva Neto, Brasil, Santos, Emanuel Burck dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/230634
Resumo: Introdução: A técnica cirúrgica do transplante renal tem grande variabilidade na ureterneocistostomia. Os transplantes renais em nossa instituição utilizam a técnica de espessura total (full thickness – FT), em contraste com a maioria dos centros. Ureterneocistostomia sem o mecanismo antirrefluxivo pode aumentar as taxas de pielonefrite aguda renal (PNAE) e comprometer a sobrevida do enxerto renal. Objetivo: Verificar se a técnica de FT pode influenciar a função e sobrevida do enxerto em longo prazo, comparado com desfechos da literatura. Metodologia: Estudo tipo coorte retrospectiva, baseado em prontuários de 1275 pacientes transplantados renais entre 2007 e 2018. Desfechos e Análise Estatística: os desfechos foram a sobrevida do enxerto renal, complicações ureterais e ocorrência de PNAE. Análise de Kaplan-Meier foi utilizada para descrever as médias de tempo estimadas e a variabilidade por meio do teste Log-Rank. O modelo de regressão Poisson foi utilizado para estimar razões de prevalência multivariada. Resultados e Limitações: Sobrevida do enxerto renal foi similar a da literatura. A taxa de PNAE na nossa série foi de 12,53 episódios por 100 pacientes-ano, semelhante a outras séries. A taxa de complicações ureterais também foi similar. Nossas limitações foram a impossibilidade de comparar com um grupo controle e os dados limitados sobre a patologia nefrológica de base, ocorrência de rejeição e tipo de imunossupressão. Conclusões: A técnica de FT possui desfechos de sobrevida e complicações similares à técnica mais utilizada de Lich-Gregoir, sendo tecnicamente mais simples e rápida de realizar, sendo assim, uma alterativa para ureterneocistostomia em transplantes renais. Informações ao Paciente: Nos avaliamos uma técnica de reimplante ureteral para transplante renal diferente da relatada na maioria dos estudos. É uma técnica mais simples e rápida, com resultados semelhantes às demais relatadas.