Análise varietal de granada e turmalina no estudo de proveniência dos arenitos offshore da Bacia Potiguar, NE do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gamalho, Brenda da Rocha
Orientador(a): Remus, Marcus Vinicius Dorneles
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259268
Resumo: A composição dos elementos maiores da granada é considerada classicamente ótimo indicador de rochas-fonte e, por sua vez, permite avaliar e predizer inicialmente a qualidade de potenciais reservatórios de hidrocarbonetos em estudos de proveniência. Entretanto, erros na interpretação da composição primária da granada podem ser induzidos, uma vez que existe sobreposição do campo de derivação de rochas ácidas/ígneas (type Bi) ao campo de derivação de rochas metassedimentares de baixo grau (Bii). O estudo de caso foi realizado em um poço (POT-4) do offshore da Bacia Potiguar (nordeste do Brasil), e contou com a análise de quatro amostras de arenitos pertencentes a Fm. Pescada e Fm. Alagamar (Mb. Galinhos e Mb. Upanema). Foram obtidas 173 análises pontuais de elementos maiores e traços (Zn, Y and REE) em granada detrítica, e 431 análises de elementos maiores em turmalina detrítica. Pelo método clássico, a maior parte dos grãos de granada foram interpretados como de origem ígnea, ao passo que a maior parte dos resultados de turmalina revelaram que as principais rochas fontes seriam metassedimentares de composição pelíticas/psamíticas. Relações entre elementos traços, como Y x Zn e HREE x LREE, permitiram discriminar granadas onde há sobreposição nos campos em diagramas ternários clássicos. Dos 124 grãos de granada detrítica interpretados como derivados de fontes graníticas (type Bi, usando elementos maiores) apenas 27% destes grãos apresentaram assinatura de elementos traço compatível com a interpretação clássica, os quais assumiram os maiores valores de Y (próximos ou superior a 800 ppm) e maiores valores de HREE (próximos ou superior a 600 ppm), sendo reclassificados em type Bi’ (origem ígnea). O restante destes grãos (73%) foi reclassificado como type Bi’’, apresentando menores valores de Y (próximo ou inferior a 600 ppm) e menores valores de HREE (próximos ou inferior a 500 ppm), mostrando ser derivados de fontes metassedimentares de baixo grau. Assim, a sobreposição da composição de elementos maiores em campos de proveniência da granada ígnea x metassedimentar em diagramas discriminantes foi significativa e mascarou os resultados. Contudo, os elementos traços permitiram interpretar a rocha fonte principal para esse setor da bacia como metassedimentar de baixo grau, concordando com os resultados obtidos pelos elementos maiores da turmalina. Estes resultados, combinados com as informações disponíveis na literatura permitem associar o Terreno Seridó (nordeste do Domínio Rio Grande do Norte/ Província Borborema) como a principal área fonte para esses sedimentos, com pegmatitos da Província Pegmatítica do Seridó e orto e paragnaisses do Complexo Caicó contribuindo mais frequentemente durante a deposição da Formação Pescada (base do poço). Os resultados, exclusivamente permitem avaliar os arenitos da Fm. Pescada e Alagamar, para o setor offshore estudado (POT-4), como relativamente de baixo potencial para reservatório.