O efeito da associação aspartato de ornitina e vitamina E no tratamento da doença hepática gordurosa não-alcoólica em modelo experimental em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Freitas, Laura Bainy Rodrigues de
Orientador(a): Álvares-da-Silva, Mário Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/247707
Resumo: Introdução: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é a doença hepática crônica cuja incidência mais cresce em todo o mundo devido à sua associação com obesidade e síndrome metabólica. Embora pioglitazona e Vitamina E (VitE) possam ser recomendadas em populações selecionadas, seu tratamento específico ainda não está bem estabelecido e alternativas têm sido estudadas. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito da associação de aspartato de ornitina (LOLA) e VitE em modelo animal de DHGNA. Métodos: Ratos Sprague Dawley machos (n=40) receberam dieta hiperlipidica deficiente em colina (DHDC) ou ração habitual (n=10) por 28 semanas. A partir da 16ª semana foram administrados, durante 12 semanas, por gavagem, água destilada esterilizada (grupo DHGNA, n=10, grupo controle, n=10), aspartato de ornitina (LOLA; n=10), vitamina E (VitE; n=10) ou a associação de aspartato de ornitina com vitamina E (LOLA+VitE; n=10). Na eutanásia foram coletadas amostras de sangue, tecido hepático, intestinal, cardíaco, gordura epicárdica e fezes. Resultados: Ao final, os animais dos grupos intervenção apresentaram maior variação do peso desde o início do estudo, e aumento da circunferência abdominal, tecido adiposo visceral e peso do fígado fresco em relação ao controle (p<0,001 para todos), sem que houvesse diferença entre eles. Os níveis de AST e glicemia foram significativamente maiores (p < 0,001 e p 0,003 respectivamente) no grupo DHGNA e não diferiram entre os demais. Em relação aos demais grupos que receberam DHDC, a associação LOLA+VitE reduziu os níveis de colesterol total (p 0,024) e aumentou os níveis de HDL colesterol (p < 0,001), e os níveis de triglicerídeos foram menores com LOLA e LOLA+VitE em relação aos demais grupos (p 0,004). Em relação aos marcadores inflamatórios hepáticos, os animais que receberam LOLA tiveram níveis de Il 10 similares ao CON e maiores que 2 os demais grupos (p 0,002). Os animais que receberam LOLA+VitE expressaram menos Myd88 que os controles (p <0,001), e Tlr4 e Myd88 foram inferiores no grupo VitE em relação ao grupo DHGNA (p 0,009 e < 0,001, respectivamente). Houve indução de DHGNA em todos os animais dos grupos intervenção. Balonização hepatocitária esteve presente em 60% dos animais do grupo DHGNA, 50% dos grupos LOLA e VitE e em 20% dos tratados com LOLA+VitE, e fibrose hepática, em 60% do grupo DHGNA, 40% dos grupos LOLA e VitE e 20% do grupo LOLA+VitE. As medianas da quantificação da fibrose hepática em unidades de luminescência relativa foram 0,40 (0,12-0,69), 1,16 (0,48-1,66), 0,28 (0,20-0,85), 0,96 (0,12-1,38) e 0,62 (0,13-0,98) nos grupos CON, DHGNA, LOLA, VitE e LOLA+VitE, respectivamente (p 0,003). O peso da gordura epicárdica foi menor nos animais controles que nos demais. Em relação aos índices aterogênicos (índice de Casteli-II e coeficiente aterogênico), a associação LOLA+VitE apresentou níveis similares ao grupo CON e inferiores aos demais grupos (p < 0,001). Não houve diferença entre os grupos na expressão dos marcadores de permeabilidade intestinal. Conclusões: A associação LOLA+VitE correlacionou-se com menor lesão hepática e foi mais eficaz na correção da dislipidemia associada à DHGNA e na redução do risco cardiovascular aferido pelos índices aterogênicos que LOLA e VitE isoladamente.