Aspartato de ornitina e alterações da microbiota intestinal em modelo animal de doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lange, Elisa Carolina
Orientador(a): Álvares-da-Silva, Mário Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/268250
Resumo: Introdução: Pouco se sabe sobre a utilidade de aspartato de ornitina (LOLA) na doença hepática esteatótica associada ao metabolismo (MASLD). Considerando que LOLA está em contato direto com o intestino quando administrada por via oral, poderia interagir com a microbiota intestinal. Neste trabalho foi analisada a influência d de LOLA na microbiota intestinal em um modelo experimental nutricional de MASLD. Métodos: Ratos machos adultos da linhagem Sprague Dawley foram randomizados em três grupos: Controle (10 ratos alimentados com dieta padrão), MASLD (10 ratos alimentados com dieta rica em gordura e deficiente em colina) e LOLA (10 ratos recebendo 200mg/kg/dia de LOLA, após a 16ª semana recebendo dieta rica em gordura e deficiente em colina). Após 28 semanas de experimento, os animais foram eutanasiados e as fezes presentes no intestino foram coletadas. Após extração do DNA fecal, a região V4 do gene 16S rRNA foi amplificada seguida por sequenciamento em um sistema Ion S5™. Resultados: As métricas de diversidade alfa e beta foram comparáveis entre MASLD e LOLA, 22 OTUs foram diferencialmente abundantes entre os grupos; entre eles, apenas 3 diferiram entre MASLD e LOLA, que pertencem às espécies Helicobacter rodentium, Parabacteroides goldsteinii e Parabacteroides distasonis. A previsão funcional forneceu dois perfis metabólicos diferentes entre MASLD e LOLA. As 9 vias diferencialmente abundantes em MASLD estão relacionadas a uma mudança na fonte de energia, degradação de adenosina/nucleotídeos de purina, bem como biossíntese de nucleotídeos de guanosina e desoxirribonucleotídeos de adenosina. As 14 vias diferencialmente abundantes 7 em LOLA estão associadas a quatro principais funções metabólicas principalmente influenciadas por l-aspartato, incluindo vias do ciclo do ácido tricarboxílico, biossíntese de nucleotídeos de purina/guanosina, biossíntese e recuperação de ribonucleotídeos de pirimidina, bem como biossíntese de lipídeo IVA. Conclusões: embora a LOLA não tenha influência na diversidade alfa e beta neste modelo nutricional de MASLD, ela foi associada a mudanças em membros probióticos específicos da microbiota intestinal e suas vias metabólicas relacionadas.