Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Heuser, Eliane Diefenthaeler |
Orientador(a): |
Mariath, Jorge Ernesto de Araujo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/164688
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Resumo: |
Estudos realizados no gênero flex, família Aquifoliaceae, ordem Celastrales, mostram que embriões pertencentes a este gênero permanecem rudimentares, em estágio de coração, quando os frutos estão maduros, sendo que as sementes necessitam de um período de 6 a 8 meses para germinar, com uma taxa de germinação muito baixa. As características apresentadas fazem com que a produção de mudas de erva-mate seja lenta e a quantidade não suficiente para a demanda. A análise morfoanatômica do embrião e endosperma de flex paraguariensis, durante a embriogênese tardia, mostram a presença de suspensor, mesmo em fases mais avançadas. Apresenta também modificações nas reservas do endosperma nessas fases. Tendo por base essa análise, o presente trabalho objetiva apresentar um estudo criterioso do suspensor desta espécie, desde sua formação, até sua degradação durante a embriogênese final, bem como do embrião e endosperma, na embriogênese. As diferentes fases da embriogênese e endospermogênese foram analisadas e descritas utilizando métodos anatômicos tradicionais, para microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. Acompanhando o desenvolvimento ontogenético desta espécie, o trabalho caracteriza o ciclo reprodutivo, as flores pistiladas, o processo de fecundação, os frutos, bem conío o embrião e o endosperma. O endosperma é classificado como celular, segundo o sistema EODP. O tipo de divisão celular, que ocorre na embriogênese inicial, permite classificar o desenvolvimento embrionário como pertencente ao tipo Cariofiláceo. Durante a embriogênese inicial, as fases analisadas vão desde a formação do zigoto, passando por proembrião bicelular até proembrião pós-octante. Durante a embriogênese final, as fases analisadas vão desde embrião piriforme até embrião em estágio de torpedo (maduro), quando ocorre a germinação. O aporte de nutrientes ao embrião esporofitico, nas fases iniciais de seu desenvolvimento, ocorre predominantemente via suspensor, pois o embrião xenofitico não está totalmente desenvolvido. Quando o embrião xenofitico apresenta as reservas estruturadas, a utilização destas é observada através das modificações de suas características morfológicas que obedecem a um gradiente, tanto no sentido micrópila-calaza como no sentido tegumento-embrião. Suas variações de síntese, absorção e translocação morfologicamente são: (1) formação de vesículas de membrana simples que se fundem formando vacúolos; (2) deposição de proteína amorfa no seu interior; (3) surgimento de adensamentos protéicos (globóides ou pró-globóides) na massa fundamental; (4) formação de lipídios ao longo de toda a margem do vacúolo protéico; (5) início da cavitação intema do vacúolo, evidenciando sinais de reutilização das reservas; (6) fragmentação do conteúdo protéico; (7) adensamento do material fragmentado com visualização óptica ou eletro-transparente do vacúolo, com início da degradação dos lipídios; (8) vacúolo com pouco material adensado no seu interior e proteína identificada no citoplasma como fragmentos ou adensamentos, sem qualquer sinal de lipídios contornando a estrutura; (9) vacúolo sem qualquer material protéico individualizado no seu interior, sendo constituído apenas por uma matriz solúvel. Em particular, o suspensor assume três distintos padrões de comportamento: (1) a lise através de Morte Celular Programada da célula basal e das células contíguas a esta, durante a embriogênese inicial, (2) alise caracterizada por rompimento das paredes das células de comunicação entre a hipófise e embrião, na embriogênese final, e (3) a permanência do suspensor íntegro, em embriões em estágio de torpedo. A manutenção do suspensor para a continuidade do desenvolvimento embrionário, tanto quanto a dinâmica das reservas lipoprotéicas e seu processo de translocação, são de fundamental importãncia para a conclusão do desenvolvimento embrionário. |