Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Braz, Emilia |
Orientador(a): |
Machado, Paula Sandrine |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/278798
|
Resumo: |
Fonte de debates ético-onto-epistêmicos (Barad, 2007), o conceito de cisgeneridade se tornou fundamental na compreensão da construção de fronteiras de sexo e gênero, assim como de raça e humanidade, e seus efeitos políticos. No Brasil, o conceito é uma das principais articulações transfeministas, se popularizando como a nomeação de pessoas que mantém o gênero designado no nascimento. Visando problematizar a ideia de gênero, sexo, raça e humanidade como atributos e características inerentes e meramente discursivos, volto-me à materialização da cisgeneridade a partir de uma característica sexual secundária: os pelos corporais. Articulando os estudos feministas e sociais da ciência e os estudos trans em uma cama de gato (Haraway, 1994; 2023a), proponho contar outra história/estória do conceito de cisgeneridade a partir do seguinte questionamento: pode uma mulher trans ser diagnosticada com hirsutismo? Baseando me na noção de práticas material-discursivas (Haraway, 2023b; Barad, 2007) e na especulação fabulativa do conhecimento científico (Haraway, 2023b; 1996; M'charek, 2013), compreendo a cisgeneridade não como a constatação do dimorfismo sexual como a realidade dos corpos, mas como o aparato de produção corporal através do qual corpos cis e trans são diferencial e relativamente construídos. |