Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
RODRIGUES, Mariana Borelli |
Orientador(a): |
ADRIÃO, Karla Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17098
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Resumo: |
Historicamente a psicologia tem construído teorias e práticas normalizadoras, distanciando-se das realidades locais e negligenciando em suas ações e produções a problematização crítica do gênero e da sexualidade enquanto categorias fundamentais para a compreensão das subjetividades e dos contextos de micro e macro produção das mesmas. Em contrapartida, os feminismos no Brasil e no mundo ocidental tem questionado nos espaços acadêmicos e políticos as normalizações impostas sobre as mulheres e as relações de gênero. Busca-se, portanto, compreender as tensões e interfaces entre a psicologia acadêmica e os estudos feministas e de gênero na cidade do Recife, a partir de uma pesquisa de orientação feminista de caráter qualitativo. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com cinco interlocutoras(es) que tiveram formação ou atuaram academicamente na psicologia no Recife e que produzem no campo dos estudos feministas e de gênero. Os relatos versam sobre as mudanças epistemológicas que possibilitaram a aproximação da psicologia com os feminismos, as experiências pessoais e profissionais de encontro das(os) interlocutoras(es) com as militâncias ou estudos feministas, as relações entre ciência e militância e os processos de circulação de teorias em contextos locais e globais. Além das entrevistas, foram analisadas as publicações recifenses da psicologia nas versões eletrônicas dos dois principais periódicos científicos feministas do país. As análises buscaram investigar as principais temáticas produzidas e paradigmas científicos norteadores de pesquisa e produção. Foi possível compreender que os processos de circulação e migração das(os) interlocutoras(es) a outros estados ou países possibilitaram os encontros entre suas práticas acadêmicas e os estudos feministas e de gênero. O retorno dessas pessoas ao Recife tem ocasionado um maior diálogo entre a psicologia e os campos teórico e político feminista e de gênero. Estas questões de circulação e de produção de teorias e práticas na academia nos remetem ao debate sobre saber-poder, fortalecendo a crítica feminista do quanto a produção acadêmica é política e posicionada. |