A milonga no redemoinho da canção popular : Bebeto Alves e Vitor Ramil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sosa, Marcos Vladimir Miraballes
Orientador(a): Fischer, Luís Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/61206
Resumo: Aderida de modo amplo aos campos da literatura, da música e da história e, a partir daí, em específico à canção popular compreendida como gênero artístico de significativa presença no Brasil, esta dissertação tem por objetivo refletir e compreender a apropriação da forma milonga no interior das obras de dois expressivos cancionistas brasileiros da atualidade, Bebeto Alves e Vitor Ramil. Advindos de uma geração de músicos urbanos com formação na década de 1970 no Rio Grande do Sul, ambos demonstram, em vários momentos de suas trajetórias, um tipo de leitura que se poderia qualificar como renovadora à milonga, tanto em peças isoladas como em álbuns inteiros. Com o objetivo de abrir a questão em perspectiva histórica, partiu-se do pensamento de Ángel Rama sobre o sistema literário da gauchesca e teve-se como horizonte de chegada, entre outros autores, Lauro Ayestarán e Jorge Luis Borges, que escrevem sobre o tango e a milonga a posteriori da, como refere Luiz Tatit, triagem dos meios, na virada do novecentos. Por outro lado, na ponta sul-brasileira, a milonga é percebida em 1912 por Cezimbra Jacques como “adaptada entre a gauchada da fronteira”, e passa a encontrar grande difusão a partir da década de 1960. É a mesma década em que a forma é também apropriada pela chamada nova canção latino-americana, com Atahualpa Yupanqui e Daniel Viglietti, por exemplo. A hipótese desta pesquisa é a de que a milonga, praticada como um elemento central do processo de criação em Vitor e em Bebeto, e não como um elemento a mais do processo de mistura, passa por mais um de seus periódicos nós de reprocessamento, em patamar artístico de integração mais ampla para além-fronteiras pampeanas. Procedeu-se, como demonstração desta hipótese, ao comentário de dois álbuns: Bebeto Alves y la milonga nova e Ramilonga.