Osteossíntese minimamente invasiva com placa (MIPO) sem radiografias transoperatórias no tratamento de fraturas em ossos longos de cães e gatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Flôres, Lenise Nascimento
Orientador(a): Alievi, Marcelo Meller
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/83492
Resumo: As fraturas de ossos longos são frequentes na rotina clínica cirúrgica de pequenos animais. Com o avanço da ortopedia veterinária faz-se necessário aperfeiçoar as técnicas existentes e descobrir novas formas de tratamento menos agressivas e com menos taxas de complicações, como a osteossíntese minimamente invasiva com placas (MIPO). Esta técnica promove a estabilização de fraturas mediante a inserção da placa por pequenas incisões de pele, através de um túnel epiperiosteal, sem mexer no foco de fratura. O objetivo do presente estudo foi avaliar a técnica de MIPO sem radiografia transoperatória no tratamento de fraturas diafisárias em ossos longos de cães e gatos. Para tal foi utilizada uma amostra por conveniência a partir da rotina do Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS. Participaram efetivamente 15 animais neste projeto, sendo quatro gatos e 11 cães, tendo sido reparadas 16 fraturas. Os animais apresentavam em média 13 ± 9,76 kg(de 3kg a 36,7kg) de peso e 35 ± 26,53 meses (de 6 meses a 7 anos) de idade. Após anestesia geral inalatória e preparação asséptica do membro fraturado, foram realizadas duas pequenas incisões na pele, uma na região proximal e outra na distal do osso fraturado. Após a manipulação e redução fechada da fratura, inseria-se a placa ortopédica metálica pela incisão distal através de um túnel epiperiosteal previamente realizado adjacente ao eixo axial do osso fraturado. A placa foi fixada definitivamente com dois ou três parafusos corticais em cada seguimento, distal e proximal. Os pacientes foram avaliados clínica e radiograficamente a cada 30 dias, até os 90 dias de pós-operatório. Das 16 fraturas corrigidas, oito foram de tíbia, cinco de fêmur e três de rádio. Destas, 10 eram cominutivas, cinco transversas e uma oblíqua. O tempo cirúrgico variou de 31 a 120 minutos (média e desvio padrão de 62,75 ± 22,44 min) independente do osso acometido. A consolidação óssea se deu entre 30 e 120 dias para todos os pacientes, em média aos 73 dias. A complicação mais frequente foi desvio de membro, seguida de reabsorção óssea próxima aos parafusos. Concluiu-se que a técnica de MIPO sem radiografias transoperatórias é eficaz no tratamento de fraturas diafisárias de ossos longos como rádio, tíbia e fêmur de cães e gatos, com uso funcional do membro de forma precoce.