Avanços no sistema de produção de mudas de videira pela enxertia de mesa na região sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Grohs, Daniel Santos
Orientador(a): Souza, Paulo Vitor Dutra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/232256
Resumo: No Sul do Brasil, o setor viveirista demanda avanços técnicos para garantia de qualidade de mudas de videiras. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e validar ajustes fitotécnicos para obtenção de mudas de videiras com elevada capacidade de formação de calos, de brotação e de enraizamento. O trabalho foi realizado em Bento Gonçalves-RS, de 2017 a 2019, e correspondeu a experimentos conduzidos na etapa de pré-enxertia (capítulos 1 e 2) e de forçagem (capítulo 3). No capítulo 1, foi avaliada qualidade de mudas de ‘Bordô’ (B), ‘Riesling Itálico’ (R) e ‘BRS Violeta’ (V), enxertadas em ‘Paulsen1103’ (P), produzidas a partir de estacas coletadas em junho, julho e agosto e submetidas a frio artificial (60, 30 e 0 dias, respectivamente). A coleta antecipada de estacas em matrizes de B/P foi avaliada em 2018 e 2019 pela aplicação de etefon em abril, visando desfolha. No capítulo 2, foi realizada caracterização do perfil fitohormonal de mudas de B/P e de V/P. Nove fitohormônios foram quantificados em tecidos lignificados por cromatografia associada à espectrometria de massa (LC-MS/MS). Para B/P, a caracterização do perfil fitohormonal também considerou exposição das estacas ao frio artificial e aplicação de etefon. No capítulo 3, para prospecção e validação de formulações indutoras de calogênese, calos in vitro de R foram co-cultivados com ‘SO4’, ‘Paulsen1103’ e ‘VR043-43’ em meios de cultura com formulações de auxinas, citocininas, fenóis e antioxidantes, sendo aquelas que mais induziram co- cultivo validadas in vivo em mudas de B e R nos porta-enxertos citados. Os resultados indicaram que estacas coletadas até final de julho e com exposição a frio artificial por pelo menos 30 dias garantiram qualidade das mudas nos anos e combinações enxerto/porta-enxerto avaliados. Antecipação da coleta por desfolha decorrente da aplicação de etefon não causa danos à qualidade, desde que as estacas permaneçam 90 dias em frio artificial. No perfil fitohormonal destacam-se ácidos abscísico, salicílico e giberélico como os de maior associação a mudas de maior qualidade. Na forçagem, aplicação de formulação à base de ácido indolbutírico (2,5 mg l-1 ) mais 6-benzilaminopurina (1,0 mg l-1 ) mostra-se promissora na formação de calos, mas o efeito depende da combinação enxerto/porta-enxerto.