Desempenho agronômico de uvas de mesa BRS Melodia e BRS Tainá em diferentes porta-enxertos no Vale do Submédio São Francisco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: OLIVEIRA, C. R. S. de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Uva
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1171565
Resumo: A viticultura é um dos cultivos de frutíferas mais rentáveis no mundo, devido ao alto valor de exportação, diversidade genética e rendimento das uvas. A utilização de porta-enxertos passou a ser amplamente utilizada como forma de controle de pragas e doenças, apenas em meados do século XIX, pois era a única forma de resistir aos danos causados pela praga de sistema radicular filoxera. Desde então, a interação cultivar copa x porta-enxerto passou a ser estudada, visto que essa combinação tende a influenciar no vigor, nos componentes de produção, na qualidade das uvas e dos produtos elaborados. No Brasil, a região do Vale do Submédio São Francisco é o principal polo produtor e exportador de uvas finas do país. O programa de melhoramento genético ‘Uvas do Brasil’, da Embrapa, é o principal programa que desenvolve cultivares de uva adaptadas às diferentes condições ambientais do país, com destaque para o semiárido. Recentemente, duas variedades de uvas de mesa sem semente foram lançadas. A uva ‘BRS Melodia’ apresenta como destaques a coloração rosada e o sabor especial de frutas vermelhas, sendo comercializada como uva gourmet, enquanto ‘BRS Tainá’ é uma uva de cor branca, com bagas de tamanho médio, textura de polpa firme e sabor neutro agradável. O objetivo desse estudo foi determinar o efeito do porta-enxerto no vigor, componentes de produção e nas características físico-químicas de uvas ‘BRS Melodia’ e ‘BRS Tainá’ cultivadas nas condições tropicais semiáridas do Vale do Submédio São Francisco. Os experimentos foram conduzidos sob cultivo irrigado em duas áreas comerciais, em Casa Nova/BA e Petrolina/PE, durante quatro ciclos de produção, entre 2021 e 2023. Os tratamentos foram constituídos pelas combinações das cultivares com os porta-enxertos 101-14 MgT, IAC 313, IAC 572, IAC 766, Paulsen 1103, Ramsey, SO4 e Teleki 5C, em delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Para videiras ‘BRS Melodia’, não houve influência do porta-enxerto nas variáveis massa fresca de ramos e folhas, percentual de brotação, teor de sólidos solúveis totais (SS), acidez titulável (AT) e relação SS/AT. Videiras ‘BRS Melodia’ apresentaram vigor elevado independente do porta enxerto utilizado. O porta-enxerto ‘Ramsey’ induziu menor índice de fertilidade de gemas, com média de 0,60 cachos por broto, sendo inferior aos aos porta-enxertos ‘IAC 572’ e ‘IAC 766’, que induziram a obtenção de 0,85 cachos por broto. Com o avanço na idade das plantas, os porta enxertos IAC 572 e IAC 766 proporcionaram as maiores produtividades, alcançando 22,84 e 23,96 t/ha/ciclo, e cerca de 101 e 108 cachos por planta, respectivamente. Em videiras ‘BRS Tainá’, não houve efeito significativo do porta-enxerto para massa, comprimento e largura de cachos; massa e diâmetro de baga; teor de sólidos solúveis (SS) e acidez titulável (AT). ‘BRS Tainá’ obteve a maior produção (22,2 kg por planta) e número de cachos sobre o porta-enxerto Paulsen 1103. Em todos os tratamentos, a média de sólidos solúveis, acidez titulável e relação SS/AT foi semelhante ao descrito previamente para cultivar. As características físico-químicas das uvas ‘BRS Melodia’ e ‘BRS Tainá’ atenderam aos padrões exigidos para comercialização em todos os porta enxertos utilizados. Com base nesses resultados, o melhor desempenho agronômico e produtividade na cultivar BRS Melodia foi obtido sobre os porta enxertos ‘IAC 572’ e ‘IAC 766’. Para ‘BRS Tainá’, o desempenho produtivo foi susperior quando enxertada sobre os porta-enxertos ‘Paulsen 1103’, ‘Ramsey’, ‘SO4’, ‘Teleki 5C’ e ‘IAC 766’. Palavras-chave: Enxertia; uva sem semente; viticultura tropical, pós-colheita.