A expressão do receptor andrógeno em uma série de tumores de mama triplo-negativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pedron, Mirian Luisa
Orientador(a): Graudenz, Márcia Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/110197
Resumo: INTRODUÇÃO: Carcinomas de mama triplo-negativos (CMTN) constituem um grupo de tumores heterogêneos caracterizados por sobrevida pobre dos pacientes e falta de terapia-alvo. Receptor andrógeno (AR) tem sido descrito no CMTN, mas o impacto prognóstico da expressão nesse subgrupo não está bem claro. OBJETIVO: Investigar a associação do status de expressão AR analisado por imunohistoquímica em casos de CMTN com parâmetros clínicos (idade, sobrevida) e variáveis patológicas (tamanho do tumor, grau do tumor). MÉTODOS: Foram analisados 62 CMTN por imuno-histoquímica automatizada para receptor andrógeno. A imuno-histoquímica foi avaliada por dois diferentes patologistas e a expressão do biomarcador foi avaliada por H-Score (intensidade mais percentagem de coloração). Kaplan-Meyer foi o método usado para avaliar a sobrevida global, tendo as diferenças nas distribuições sido avaliadas com base na expressão do marcador. RESULTADOS: 26% dos CMTNs foram AR positivos (n = 16) e 74% AR negativos (n = 46). Todos os casos de AR positivos ocorreram em mulheres ≥ 40 anos enquanto 13% dos casos de AR negativos foram vistos em mulheres ≤ 40 anos. 93% (52/56) de todos os CMTNs foram carcinoma ductal invasivo do tipo não especial (ICNST) e 93% (14/15) de AR positivos dos casos de ICNST. O tamanho do tumor variou de 2 a 4,9 cm na maioria dos cânceres AR positivos (n = 8/13; 62%). 60% (n = 9/15) dos casos de AR positivos mostraram grau histológico 3 seguidos de 27% de tumores de grau 2. Não se observou diferença entre pacientes AR positivos e AR negativos quando comparados por idade, tamanho do tumor, grau do tumor e tipo do tumor (p > 0,17). A positividade imuno-histoquímica para ARs também não foi associada com melhor sobrevida (p = 0,737; n = 51) ou sobrevida livre da doença (p = 0,552; n = 45) em CMTNs. CONCLUSÃO: Sob o ponto de vista do prognóstico, a imunorreatividade do AR tem sido associada com melhor sobrevida das pacientes. Esse resultado não foi confirmado na presente série. Isso poderia estar relacionado com o pequeno tamanho amostral ou com uma baixa prevalência de casos de AR positivos especificamente nesse subtipo de câncer de mama. Estudos realizados com maiores amostras são necessários para investigar esse biomarcador em CMTNs.