O carcinoma de mama triplo-negativo como tumor não rastreável em comparação aos demais subtipos imunoistoquímicos: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Morgana Domingues da [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67514
Resumo: Objetivo: Comparar a forma de apresentação ao diagnóstico (por exame clínico ou exame imaginológico) dos tumores de mama triplo-negativo com os demais subtipos imunoistoquímicos. Métodos: Trata-se de estudo transversal que avaliou dados referentes à forma de apresentação dos carcinomas de mama ao diagnóstico (exame clínico ou achados de exames de imagem de rastreamento), subtipo imunoistoquímico, grau histológico e tamanho do tumor, em pacientes diagnosticadas e referenciadas para o serviço de Mastologia do Hospital São Paulo – Unifesp, em São Paulo – Brasil, no período entre 2012 e 2021, por análise de dados de prontuário destas pacientes. Resultados: Entre os 699 carcinomas invasivos diagnosticados, 246 pacientes foram diagnosticadas com perfil luminal A (35,2%), 257 luminal B (36,8%), 58 luminal B HER-2+ (8,3%), 26 HER-2 enriquecido (3,7%) e 112 triplo-negativo (16%). Os carcinomas triplo-negativos apresentaram maior taxa de diagnóstico por exame clínico (86,6%), 6,65 vezes mais chances de serem diagnosticados por exame clínico que os luminais A, além de apresentarem maior tamanho de lesão. Os subtipos triplo-negativo e HER-2 enriquecido apresentaram os piores cenários de estádio clínico ao diagnóstico. Entre os tumores diagnosticados por exame de rastreamento, os pertencentes ao grupo luminal A associaram-se a nódulos vistos em imagem (em 45,1%) e os subtipos luminal B e luminal B HER-2+ ao aparecimento de microcalcificações. Não houve casos de triplo-negativos envolvendo microcalcificações em nossa amostra. As assimetrias foram mais comuns nas imagens de tumores luminais B HER-2+. Na análise multivariada, observou-se que apenas o grau histológico e o valor do Ki-67 estão relacionados com a forma de diagnóstico. Tumores com grau histológico 2 ou 3 apresentam maior chance de serem diagnosticados por exame clínico e não serem rastreáveis em relação ao grau histológico 1. Quanto ao Ki-67, o seu aumento de 1 ponto percentual acarreta um aumento de 1,3% na chance de achado no exame físico. Não houve correlação dos receptores hormonais e HER- 2 com a chance do tumor não ser rastreável. Conclusões: os carcinomas de mama subtipo triplo-negativo apresentam maior risco de diagnóstico por exame clínico em comparação aos demais subtipos imunoistoquímicos e, portanto, tendem a não serem rastreáveis. Parâmetros como Ki-67 e grau histológico elevados apresentam correlação com essa tendência.