Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nardi, Rosana Pellin de |
Orientador(a): |
Damin, Andrea Pires Souto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/179032
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Resumo: |
Introdução: Cerca de 70% dos carcinomas mamários possui expressão de receptores hormonais de estrogênio (RE) e de progesterona (RP), os quais estão envolvidos em processos relacionados ao desenvolvimento tumoral. Consequentemente, terapias que bloqueiam a ação hormonal têm sido utilizadas para tratamento e prevenção do câncer de mama. A ausência do RE em um câncer de mama PR positivo é infrequente e de significado incerto. Pode representar um subgrupo de tumores com vias de sinalização de receptores hormonais deficientes, que, provavelmente, não responderá à hormonioterapia, comportando-se como um tumor com perfil triplo-negativo e, portanto, sem necessidade do uso de terapias-alvo anti-hormonais. Objetivo: Avaliar a prevalência de tumores RE negativo e RP positivo, determinando, através da expressão imuno-histoquímica (IHQ) dos marcadores TFF1, CK5 e EGFR, os tumores com comportamento biológico triplo-negativo. A identificação do perfil triplo-negativo dentro desse subgrupo irá melhorar a seleção das pacientes que realmente necessitam de terapia de bloqueio hormonal. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, onde foram pesquisados todos os exames imuno-histoquímicos de carcinoma de mama invasivo realizados no Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) atendidos no período de dezembro de 2012 a dezembro de 2016. Os casos que apresentaram perfil imuno-histoquímico estrogênio negativo e progesterona positivo foram selecionados para verificação da sua prevalência e características clínico-patológicas, assim como para a realização de Imuno-histoquímica específica com 12 os anticorpos TFF1, CK5 e EGFR. Quando disponível em nova amostra foi repetida a imuno-histoquímica dos RE e dos RP. Resultados: Dos 1188 casos de carcinoma mamário invasor, o fenótipo RE-/RP+ esteve presente em 3,19% da nossa amostra. Em 30 casos disponíveis para análise, a realização de imuno-histoquímica de TFF1, EGFR e CK5 classificou 27 casos (90%) como triplo-negativos basal-like, 1 caso (3,3%) como luminal-like e dois casos (6,7%) como inconclusivos. Na repetição da imuno-histoquímica dos RE e RP, 75% dos casos (12/16) foram reclassificados como RE- e RP-. As pacientes apresentaram características clínico-patológicas semelhantes aos tumores triplo-negativos e recidivas precoces. Conclusões: Os tumores RE-/RP+ apresentam um comportamento agressivo, assemelhando-se aos tumores triplo-negativos. Como ainda são alvo de terapias endócrinas, a realização de IHQ para TFF1, CK5 e EGFR representa uma importante ferramenta para a categorização adequada desses tumores e uma melhor programação terapêutica. |