Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Camillis, Patrícia Kinast de |
Orientador(a): |
Antonello, Cláudia Simone |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/150976
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Resumo: |
A partir da visão de organização como processo busca-se compreender como e por que ocorre o organizar na bioconstrução. A metodologia utilizada segue os pressupostos da Teoria Ator-rede e Depois que traz como conceito central o enactment aliada a discussão de coletivo para iniciar a pesquisa de campo. Os dados empíricos preliminares, obtidos com observação participante em três locais diferentes que trabalham com bioconstrução a partir da visão da Permacultura e analisados a partir da ótica da TAR e Depois que enfatiza as relações de humanos e não-humanos, destacaram a contribuição para o entendimento de prática e cooperação em termos do fazer/pensar indissociáveis. Assim, acrescenta-se na discussão teórica a noção de prática de Schatzki (2005) e a noção de cooperação a partir da proposta de Sennett (2013). Além de observação participante – usada durante toda pesquisa - os dados empíricos foram coletados – em um segundo momento - por entrevistas, questionário e observação não-participante resultando em uma análise temática baseada no entendimento de prática de Schatzki (2005). O texto se desenvolve através de descrição detalhada dos acontecimentos, intercalado com trechos de incursões teóricas que apresentam a assemblege do método conforme pressupõe a TAR e Depois. Com isso, entende-se e descreve-se a bioconstrução como prática de cooperação através das relações entre todos que enactam a bioconstrução – pessoas e a materialidade. Pela ótica da prática, embasada nos dados empíricos, a cooperação está na inteligibilidade prática do organizar da bioconstrução, assim o barro enacta a cooperação, que enacta a bioconstrução, que enacta o barro. Para existir cooperação não é suficiente uma visão comum ou uma moral social, é preciso o fazer/pensar que constitui e reflete, como processo, essa visão. A tese, através de casos empíricos, contribui para as discussões em Estudos Organizacionais sobre o organizar e em Gestão de Pessoas sobre como ocorrem relações de trabalho horizontais, ambos entendendo processo como o que está em constante mudança. Busca também fortalecer o uso da TAR e Depois como prática metodológica e lente de analise inicial, além de discutir a cooperação em termos de prática. A contribuição para o campo social está na sua ontologia política que dá visibilidade à bioconstrução como uma possibilidade de contrapor o senso comum estabelecido para construção de habitações em nossa sociedade atual. Assim como a bioconstrução nos ensina construir algo único com o que temos disponível, sua prática poderá nos ajudar a pensar criticamente a “monocultura da gestão”. |