Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Karolyne Linhares Longchamps |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/36842
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Resumo: |
As crises ambientais decorrentes das mudanças climáticas têm ganhado destaque nos últimos anos devido às suas consequências para a sociedade contemporânea e à crescente preocupação com as futuras gerações. Embora as mudanças climáticas façam parte de um processo natural causado por variações no ciclo solar, as ações humanas, como a emissão de dióxido de carbono e metano, provenientes de atividades como queimadas, desmatamento e uso de combustíveis fósseis, têm acelerado significativamente esse processo. Contudo, é notória a intensidade e a recorrência com que as consequências desses atos recaem sobre a população que sobrevive às margens dos privilégios sociais, sendo demasiadamente superiores aos efeitos acessados por uma parcela mínima da população, embora esta possa ser significativamente responsabilizada pelo desfrute de benefícios a partir de subsequentes negligências governamentais. Um exemplo significativo de ação humana que contribui para a degradação ambiental é o processo de urbanização das cidades, que, além de afastar o ser humano da natureza, exacerba as divisões de classe por meio da segregação socioespacial, favorecendo a formação da cidade informal em áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Essas áreas, negligenciadas pelo mercado imobiliário, tornam-se locais de habitação para populações de baixa renda. Essas populações recorrem a processos coletivos de construção, muitas vezes associados à arquitetura vernacular, concebida a partir da autoconstrução e de processos de mutirão. Neste contexto, a bioconstrução é apresentada nesta dissertação como um método estratégico para mitigar impactos ambientais e ampliar o acesso de populações vulneráveis à equidade ambiental. Para isso, este trabalho define a bioconstrução por meio de uma pesquisa sistemática, entrevistas semiestruturadas e aplicação de formulários com executores que atuam tanto no campo educacional quanto no executivo, analisando sua aplicabilidade em aglomerados urbanos de fragilidade socioambiental e seus desafios. Diante das urgências ambientais e sociais, esta pesquisa busca construir uma narrativa sobre a bioconstrução, explorando suas possibilidades como intervenção na realidade das cidades contemporâneas. |