Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bortoluzzi, Vanessa Trindade |
Orientador(a): |
Wannmacher, Clovis Milton Duval |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/211350
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Resumo: |
A fenilcetonúria (PKU) é um erro inato do metabolismo (EIM) causado pelo mau funcionamento da enzima fenilalanina-hidroxilase (PAH) hepática. Se não tratada, a fenilalanina (Phe) se acumula no sangue e nos tecidos dos pacientes, perturbando uma infinidade de processos fisiológicos, afetando notavelmente o desenvolvimento do cérebro e as funções cognitivas. Evidências crescentes mostram que o estresse oxidativo pode estar envolvido na neurofisiopatologia subjacente à PKU, além de distúrbios do metabolismo energético que podem manter estreita relação com os desequilíbrios redox. Como as propriedades da creatina (Cr) e do piruvato (Pyr) permitem que essas substâncias atuem como substratos energéticos e scavengers de espécies reativas de oxigênio, propusemos uma associação de Cr com Pyr como uma intervenção para mitigar o estresse oxidativo e o comprometimento da rede de fosforiltransferência em cérebros de ratos Wistar submetidos a um modelo de PKU induzido pela administração de Phe+αMePhe (inibidor da PAH) até 14 e 21 dias de vida. A indução de PKU promoveu desequilíbrios na homeostase redox e energética no córtex cerebral, hipocampo e cerebelo, tanto em 14 como em 21 dias, que em grande parte foram prevenidos pela coadministração de Cr+Pyr. Os animais PKU de 21 dias também apresentaram redução da atividade locomotora juntamente com prejuízo da coordenação motora. A coadministração de Cr+Pyr teve um efeito aparentemente ansiolítico, prevenindo o prejuízo locomotor, porém sem prevenir o prejuízo na coordenação motora. Se os distúrbios observados aqui também comprometerem o metabolismo cerebral de pacientes, os portadores de PKU poderiam se beneficiar de intervenções dietéticas que incluam tratar as particularidades redox e energéticas do cérebro relacionadas a este EIM. Assim, uma terapia anaplerótica, levando em consideração a possibilidade de haver um déficit de energia em doenças metabólicas hereditárias—tratável por meio do fornecimento de substratos alternativos—seria de interesse para o manejo dietético da PKU em humanos. |