Potencial antifúngico de Olea europaea frente a fungos leveduriformes e filamentosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ripoll, Márcia Kutscher
Orientador(a): Mello, Joao Roberto Braga de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/236059
Resumo: A Oliveira (Olea europaea L.) é a única espécie da família das Oleaceae que produz fruto comestível, é considerado um dos plantios mais antigos, com sua origem relatada primordialmente na Palestina. Estudos recentes revelam que o azeite e seus compostos têm comprovada eficácia na medicina para tratamentos de doenças crônicas, sendo eficaz também em enfermidades cardiovasculares, diabetes, possuindo ação anticancerígena, anti-inflamatória, anticarcinogênica, antinociceptiva, antioxidante e citoprotetora, e tanto no azeite quanto em extratos de folhas e ramos da planta, sua ação frente a micro-organismos já foi comprovada através de estudos in vitro. Estudos têm revelado cepas resistentes a antifúngicos tradicionalmente utilizados na clínica, nessa perspectiva e com propósito de avaliar a atuação dos extratos provenientes da oliveira frente a fungos patogênicos e/ou oportunistas, delineou-se esta proposta com a intenção de obter-se um extrato fungicida e/ou fungistático, testando a citotoxicidade dos extratos em bovine kidney cells (MDBK) e também a presença de compostos fenólicos através da CLAE. Na possibilidade de novas alternativas e na tentativa da obtenção de produtos efetivos, foram obtidos extratos aquosos do bagaço para utilização em teste de sensibilidade in vitro a partir da microdiluição em caldo conforme proposto pelo CLSI de acordo com os documentos M27-A3 e M38-A2, frente a fungos do gênero Candida spp., Complexo Sporothrix schenckii e dermatófitos. Segundo a metodologia desenvolvida obteve-se os seguintes resultados, a INF 10’ não foi efetiva para nenhum dos isolados e cepas padrões testados, assim como as variedades arbequina, arbosana, frontoio e manzanilla não revelaram presença de oleuropeína e obtiveram baixas concentrações de hidroxitirosol na sua composição. Os extratos de DEC 10’ foram efetivos para duas cepas padrões de Candida albicans, inibindo a partir de concentrações de 3,12 mg/mL, porém não apresentou inibição em isolados clínicos de Candida spp., dermatófitos e Sporothrix spp. Os extratos apresentaram taxas de 15 a 50% de viabilidade celular a partir do teste de toxicidade dos extratos de concentração de 25 mg/mL, que torna o extratos viável por não apresentar intensa toxicidade. Nas condições trabalhadas, permite-se concluir que os extratos não apresentaram os resultados esperados como antimicrobiano, não apresentaram citotoxicidade e algumas variedades revelaram presença de oleuropeína.