Prevalência, registro e abordagem do tabagismo em pacientes internados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ghisi, Caroline Uber
Orientador(a): Knorst, Marli Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188973
Resumo: Introdução: A internação hospitalar pode ser um bom momento para parar de fumar. O paciente encontra-se em uma situação de vulnerabilidade por doença, onde experimenta um ambiente livre de cigarro, podendo tornar-se receptivo a intervenções para cessação. Objetivos: Determinar a prevalência de tabagismo em pacientes hospitalizados, o perfil e o conhecimento destes tabagistas sobre as doenças tabaco-relacionadas, assim como avaliar a prática assistencial relacionada ao tabagismo na internação hospitalar. Métodos: Estudo descritivo transversal contemporâneo, baseado em entrevistas com adultos internados em um hospital universitário de nível terciário, realizadas em três dias consecutivos em novembro de 2015. Foi utilizado um questionário estruturado, medida de monóxido de carbono no ar expirado e posterior revisão do prontuário para verificação do registro das práticas assistenciais relacionadas ao tabagismo. Resultados: Foram entrevistados 300 pacientes. Destes, 129 (43%) eram não tabagistas, 125 (41,6%) eram ex-tabagistas, 46 (15,3%) eram tabagistas, com carga tabágica média de 42,7 ± 28,3 maços-ano, e 86 (27,7%) relataram exposição passiva à fumaça do cigarro. Dos tabagistas ativos, 87% relataram desejo de parar de fumar e 52,2% referiram não ter recebido qualquer tipo de orientação em relação à cessação do tabagismo. Embora 91,3% estivessem internados em decorrência de alguma doença tabaco-relacionada, apenas 56,2% relataram acreditar que sua doença era, de fato, decorrente do tabaco. O monóxido de carbono no ar exalado, medido em 212 pacientes, mostrou níveis ≥ 10 ppm em 4 (1 relatou ser tabagista ativo e 3 ex-tabagistas). A revisão dos prontuários mostrou que 46 (15,3%) não tinham nenhum registro relacionado a tabagismo e em 36 (12%) os registros discordavam das informações obtidas nas entrevistas. Registro de exposição passiva à fumaça do cigarro foi encontrado em apenas um prontuário. Tabagismo com seu respectivo código (CID-10) constava na lista de diagnósticos em três prontuários (1%) e um plano para continuidade do tratamento do tabagismo após a alta hospitalar estava descrito em dois (0,6%). Conclusão: Cerca de 15,3% dos pacientes internados eram tabagistas ativos e a maioria estava motivada e aceitaria ajuda para parar de fumar; os conhecimentos sobre doenças tabaco-relacionadas são limitados entre os tabagistas. A revisão de prontuários mostrou que o tabagismo é subdiagnosticado, subregistrado e subtratado durante a internação hospitalar.