Prevalência de tabagismo em pacientes hospitalizados, grau de dependência à nicotina e de motivação para a cessação do hábito de fumar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Traldi, Fabiana [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3167955
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47820
Resumo: Objetivo: Determinar a prevalência de tabagismo em pacientes hospitalizados, seu grau de dependência à nicotina, o grau de motivação para cessação do hábito de fumar e verificar a associação do grau de dependência nicotínica com variáveis sociodemográficas. Método: Estudo transversal realizado com pacientes do Hospital Santa Marcelina de São Paulo. Nos pacientes tabagistas, foi aplicado o teste de Fagerstrom que avaliou seu grau de dependência à nicotina e a escala URICA que avaliou o estágio motivacional em que se encontravam. Resultados: Dos 293 pacientes, 51,5% eram do sexo feminino, a média de idade foi de 55,5 anos. A prevalência encontrada de tabagismo em pacientes hospitalizados foi de 20,8%. Considerando tabagistas e extabagistas, 50,9% iniciaram o consumo entre 12 e 18 anos com tempo de exposição ao tabaco acima de 20 anos (77,1%). Quanto ao grau de dependência da nicotina, de acordo com os resultados do teste de Fargestron, a maioria (41,0%) apresentava grau elevado ou muito elevado; 21,3%, médio; 19,7%; baixo e 18,0%, muito baixo de dependência nicotínica. Os dados sociodemográficos indicam que, dentre os 61 pacientes tabagistas, a maioria (65,5%) era do sexo masculino, a média de idade foi de 51,08 ± 13,66 anos. A maioria iniciou o hábito de fumar por influência de amigos e familiares (55,7% e 22,9% respectivamente). No que se refere ao grau motivacional para deixar de fumar, a maioria (78,7%) já tentou parar de fumar, 93,5% gostariam de parar de fumar e 82% aceitariam tratamento, 64% encontrava-se no estágio de ação conforme a escala de URICA. Conclusão: A prevalência de tabagismo foi de 20,8%. Considerando o grau de dependência da nicotina, 41,0% apresentava grau elevado ou muito elevado, 21,3%, médio, 19,7%; baixo e 18,0%, muito baixo de dependência nicotínica. Os resultados deste estudo mostram que a mudança comportamental em relação à cessação do hábito de fumar era bastante positiva entre os pacientes analisados, visto que a maioria (64%) encontrava-se no estágio da ?ação?, em que há um comprometimento para a mudança e a prontidão para agir; 29,5%, contemplação e 6,5% no estágio de pré-contemplação, sendo que o principal motivo referido para a cessação do tabagismo foi a preocupação com a própria saúde (90,2%) e com a família (78,7%) e os principais fatores que dificultam a cessação foram ?o cigarro é muito prazeroso? e o medo dos sintomas da abstinência (73,8% e 54,1% respectivamente). No que tange à dependência nicotínica e às características sociodemográficas, verificamos que não houve associação estatisticamente significante.