Análise do padrão de maturação, atividade proliferativa e expressão imunocitoquímica e imunoistoquímica da E-caderina e involucrina na mucosa bucal exposta a carcinógenos, com leucoplasia e câncer bucal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Alessandra Dutra da
Orientador(a): Rados, Pantelis Varvaki
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/210082
Resumo: O câncer bucal é considerado um problema de saúde pública, devido a sua alta taxa de mortalidade e baixa sobrevida associada ao diagnóstico tardio. O desenvolvimento desta neoplasia é caracterizado por alterações celulares subclínicas e pode ser precedido por uma lesão potencialmente maligna. Estudos de citopatologia já tem mostrado indicadores capazes de detectar alterações celulares iniciais em indivíduos de risco. O desafio atual é a busca de metodologias e biomarcadores que detectem essas alterações precocemente, para prevenção do câncer bucal. O objetivo deste estudo foi avaliar o padrão de maturação, proliferação epitelial e correlação com a expressão imunocitoquímica de marcadores de adesão (E-caderina) e diferenciação celular (involucrina), assim como, realizar a correlação dos achados imunocitoquímicos e imunoistoquímicos com os anticorpos descritos nos grupos com lesão. Para tal foi realizada a coleta citopatológica de indivíduos, divididos em 4 grupos: controle (n=33), álcool-fumo (n=31), leucoplasia (n=31) e grupo carcinoma espinocelular (n=22). Foi realizado o raspado citológico em todos grupos amostrais e realização das técnicas AgNOR, papanicolau e imunocitoquímica. Para os grupos com lesão foi realizada também a biópsia para confirmação do diagnóstico e realização da técnica imunoistoquímica. No grupo álcool-fumo e no grupo leucoplasia observamos alteração no padrão de descamação com aumento de escamas anucleadas (p<0,05) e maior percentual de células intermediárias nos grupos sem lesão do que no grupo leucoplasia (p<0,05). Quando avaliamos a correlação destes achados com a marcação positiva de E-caderina observouse um menor número de escamas anucleadas e de células intermediárias no grupo leucoplasia (p<0,05). A velocidade de proliferação celular foi maior no grupo carcinoma do que no grupo controle ( p<0,05) e no grupo álcool-fumo do que no grupo leucoplasia (p<0,05). Ademais, foi observado um aumento dos padrões de proliferação celular quando há marcação positiva da Ecaderina no grupo álcool-fumo e no grupo leucoplasia. Além disso, não foi observada correlação entre a expressão imunocitoquímica e imunoistoquímica da E-caderina e Involucrina. Conclui-se que a citopatologia bucal associada a técnicas quantitiativas como Papanicolau, AgNOR e imunocitoquímica pode auxiliar na detecção de alterações celulares que estão associadas à carcinogênese bucal.