Hora do recreio! : processos de pertencimentos identitários juvenis nos tempos e espaços escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Linck, Rosane Speggiorin
Orientador(a): Garbin, Elisabete Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15849
Resumo: O objetivo desta Dissertação é analisar como determinadas práticas culturais, ocorridas no recreio escolar, atuam na produção e no tensionamento de processos de pertencimentos identitários juvenis. Foram observados jovens alunos de turmas de sexta, sétima e de oitava séries em sua rotina escolar no ano letivo de 2007, em uma escola municipal de ensino fundamental do município de São Leopoldo/RS. Foram consideradas suas diferentes maneiras de estar no recreio escolar, sejam através das múltiplas, simultâneas e às vezes descartáveis formas de sociabilidade, ou mesmo do fortalecimento de amizades. Os caminhos teórico-metodológicos para o estudo partiram de referenciais teóricos inscritos no campo dos Estudos Culturais e na etnografia pós-moderna, tendo nos diários de campo, na transcrição das conversas realizadas, bem como nos registros fotográficos, a base para a construção dos dados. Observou-se que, durante o momento do recreio escolar, esses jovens percorriam diferentes espaços da escola destinados a tal prática, transbordando conversas, respingando inconstâncias, contornando obstáculos, inundando espaços, compondo temporariamente lugares, como se fossem vitrinas dinâmicas que se dissolviam ao término do período destinado para se recrear. Os jovens observados constituíam grupos, comunidades fundidas por ideias, produzindo práticas, lugarizando espaços nos quais alguns sujeitos eram incluídos e/ou excluídos dentre seus pares. Nesse sentido, infere-se que o momento do recreio escolar, apesar de estar inserido num contexto institucionalizado, atrelado a um espaço específico e com tempo estabelecido, constitui-se em importante lugar de socialização, de tensionamentos, de processos de pertencimentos, que ultrapassam o espaço da sala de aula e do currículo formal, ou seja, através das práticas culturais ocorridas nesse período de recrear, pode-se observar um 'borramento de fronteiras', alguns 'escapes' que permeiam esse espaço/tempo, local de produção e fortalecimento de identidades.