Revista Recreio: uma publicação para crianças brasileiras: um estudo da primeira fase (1969 a 1982)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nascimento, Antonio Augusto Castro do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-14082024-182938/
Resumo: Este estudo investiga a história, o propósito e a produção da primeira fase da revista Recreio, abrangendo o período de 1969 a 1982. A pesquisa parte da motivação que levou a editora Abril a lançar uma publicação voltada ao público infantil, tendo como objetivo educar por meio do entretenimento. Explora-se a relação entre literatura infantil, pedagogia e escola, considerando seus atritos e consonâncias. Para uma obter uma visão abrangente sobre a publicação, delineia-se uma historiografia sobre o desenvolvimento da revista nos anos que sucederam o seu surgimento, avaliando-se como o contexto marcado pela ditadura militar do Brasil, iniciada em 1964, impacta em sua produção. Destaca-se a análise minuciosa das edições específicas da revista: n.º 112, \"Camilão, o comilão!\", de Ana Maria Machado, publicada em 1971; n.º 15, \"Catapimba!\", de Ruth Rocha, de 1969; e n.º 304, \"A harpa de vento\", de Joel Rufino dos Santos, de 1976. Como referencial teórico, Agamben, Benjamin, Coelho, Cunha, Didi-Huberman, Hunt, Lajolo, Schwarcz, Valenzuela e Zilberman, entre outros, oferecem aporte para a concepção de uma visão crítica a respeito da Recreio como veículo que associa a fruição e a educação. Ao explorar essas edições em detalhes, o presente trabalho busca refletir sobre as relações que se estabelecem entre a literatura infantil, as ilustrações e a proposta pedagógica da revista, perscrutando os diferentes recursos da linguagem verbal e não verbal utilizados na construção dos temas abordados e o contexto em que a publicação estava inserida. Agregam-se às análises das revistas a abordagem crítica centrada na interrelação entre literatura infantil e livro ilustrado, com especial atenção às contribuições de Sophie Van der Linden e Maria Nikolajeva. O estudo contribui para uma compreensão aprofundada de como a Recreio moldou a experiência literária e educacional de crianças brasileiras durante este período