Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Kênia Kerber |
Orientador(a): |
Ott, Ana Paula |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201300
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Resumo: |
Reconhecida mundialmente pela qualidade de seu mel, a apicultura brasileira está entre as principais exportadoras do produto. Entretanto, alguns fatores são limitantes para a produção, como o ácaro Varroa destructor (Anderson & Trueman, 2000) (Acari: Varroidae) parasita de Apis mellifera L. Para o seu controle, o ácido oxálico, é utilizado como alternativa aos acaricidas sintéticos, entretanto são poucos estudos que avaliam sua efetividade na apicultura africanizada no Brasil. O objetivo deste trabalho foi monitorar a taxa de infestação de V. destructor em colmeias com e sem tratamento com ácido oxálico em apiários do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina durante os anos de 2016 e 2017 a fim de propor um número mínimo de lavagens para a total extração destes ácaros das abelhas. O trabalho foi conduzido em oito apiários, onde foram coletadas abelhas dos quadros centrais de cria, em 10% das colmeias, totalizando 39 colmeias por estação do ano. As abelhas foram armazenadas em álcool 70%, e posteriormente lavadas com água e detergente para a retirada dos ácaros. Em cada colmeia tratada, foram utilizadas duas fitas com 16 a 19g de ácido oxálico. Os dados foram analisados a partir das médias da Taxa de Infestação (%), medida através da fórmula: TI = (nº de ácaros/nº de abelhas adultas) x 100. O número mínimo de lavagens para a retirada dos ácaros foi analisada através da média e desvio padrão do número de ácaros extraídos. Foram coletadas 70.704 abelhas das quais foram extraídos 3.178 ácaros, apresentando TI média de 4,49%. Em relação à TI média das colmeias com tratamento (4,34%) e sem (3,92%), o teste T (t = 248,000; p = 0,137), não evidenciou diferença significativa na redução da infestação nas colmeias tratadas. A ANOVA indicou diferença significativa entre as médias de TI do ácaro nas colmeias sem tratamento, com as maiores ocorrendo no outono de 2017 (8,5%) e de 2016 (6,14%) e no inverno de 2017 (5,13%) (H= 48,895; p = <0,001). Nas colmeias com tratamento as maiores TIs ocorreram na primavera de 2017 (10,9%) e no outono de 2016 (7,05%) (H= 86,589; p = <0,001). As TIs dos outonos de 2016 e 2017 e inverno de 2017 provavelmente foram maiores devido ao declínio da população de abelhas, ocasionado pela rainha entrar em diapausa nestas estações. A alta TI na primavera de 2017 se deve provavelmente a reinfestação do ácaro. Portanto, o uso do ácido não se mostrou eficiente na redução da taxa de infestação. Indica-se um número mínimo de três lavagens para a retirada total dos ácaros das abelhas, com exceção para colmeias sem tratamento no outono, quando são necessárias quatro lavagens. |