Identificação de Vírus que Afetam Apis Mellifera Associados ao Ácaro Ectoparasita Varroa Destructor em Apiários do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Garcia, Fernanda Wiesel
Orientador(a): Boldo, Juliano Tomazzoni
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus São Gabriel
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/211
Resumo: A apicultura é uma atividade de importância econômica e ambiental. O clima e a flora do Brasil somados à presença da abelha africanizada conferem um excelente potencial apícola. Entretanto, as abelhas são suscetíveis a uma variedade de doenças. Vários são os patógenos que podem acometer abelhas melíferas, sendo o foco deste trabalho a relação entre o ácaro Varroa destructor e os vírus que acometem abelhas. V. destructor é um ectoparasita, sendo a varroose, doença causada por este ácaro, responsável pela mortalidade de milhares de colônias de Apis mellifera em várias partes do mundo. Entretanto, os danos causados pela varroose variam com a raça de abelhas e condições climáticas. Embora o ácaro cause poucos danos nas colônias de abelhas africanizadas no Brasil, a coexistência deste ectoparasita com determinados tipos virais pode comprometer seriamente a saúde da colônia, uma vez que muitos destes vírus tem sua transmissão relacionada ao ectoparasita, apontando este como um vetor da infecção. Portanto, faz-se necessária a identificação de quais vírus estão associados ao ácaro e que, possivelmente, utilizam-se do ácaro como vetor. Dentro deste contexto, objetivamos verificar a existência de vírus associados ao ácaro V. destructor em espécimes coletadas em apiários de diferentes regiões do Rio Grande do Sul. Foram realizadas coletas de ácaros em apiários localizados em oito municípios gaúchos. A partir das amostras coletadas, foi realizada extração de RNA total e síntese de cDNA. O cDNA sintetizado foi submetido à PCR utilizando-se 9 pares de primers para detecção de vírus que afetam abelhas e um par de primers para controle endógeno. As amostrasforam submetidas a eletroforese em gel de agarose. Identificou-se, em três apiários, a presença dos vírus SBV (Vírus da Cria Ensacada) e VDV-1 (Vírus Varroa destructor-1) associados ao ácaro V. destructor. Estes dados são inéditos uma vez que estudos semelhantes nunca foram realizados no Brasil ou em abelhas africanizadas e poderão servir de base no desenvolvimento de programas de controle deste parasita.