Estabilidade ao armazenamento do bioquerosene : enfoque microbiológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lobato, Mariane Rodrigues
Orientador(a): Bento, Fatima Menezes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259043
Resumo: Mundialmente, a aviação civil comercial utiliza o querosene de aviação que recebe tradicionalmente especial atenção durante a estocagem devido á suscetibilidade à contaminação microbiana. Ainda não se conhece o impacto da introdução do bioquerosene (2,6,10 trimetil dodecano-farnesano) com relação a formação de lodo biológico durante o armazenamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a suscetibilidade do querosene, do bioquerosene e da mistura com 10% de bioquerosene quanto ao desenvolvimento microbiano durante armazenamento simulado. Foram conduzidos estudos de prospecção e identificação de microrganismos (ASTM D6974) com amostras de querosene e bioquerosene. Após a identificação dos microrganismos (fungos filamentosos, leveduriformes e bactérias) foram realizados ensaios sobre o potencial de deterioração de combustível, utilizando o indicador redox DCPIP. O fungo Hormoconis resinae (F089) foi utilizado como controle positivo. A levedura Exophiala phaeomuriformis (UFRGS Q4.2) foi isolada das amostras de querosene e caracterizada como deteriogênica. Foram realizadas curvas de crescimento em microcosmos (meio mineral BH e QAV, BioQAV e mistura 10% BioQAV) com H resinae (F089) e E phaeomuriformis (UFRGS Q4.2) durante 28 dias. A cada tempo amostral (0, 7 14 21 e 28 dias) avaliou-se: formação de biomassa (interface) pH, tensão superficial (fase aquosa) e degradação dos hidrocarbonetos por GC-MS (fase combustível). Os ensaios foram feitos em triplicata. A maior produção de biomassa pelo Hormoconis resinae foi em QAV (19 mg) após 28 dias e pela Exophiala phaeomuriformis na mistura BIOQAV-QAV 10% (70 mg) após 21 dias. Foram degradadas preferencialmente as frações de C9-C12 pelo H. resinae, no entanto para a Exophiala phaeomuriformis não foi detectada degradação dos hidrocarbonetos avaliados. A condição com o bioquerosene puro (2,6,10 trimetil dodecano) não promoveu o crescimento (biomassa) dos fungos, porém foi constatado a viabilidade dos esporos, durante os 28 dias do ensaio. A presença de bioquerosene em futuras misturas na indústria da aviação, continuará exigindo da comunidade usuária, cuidados rígidos com as rotinas e boas práticas durante o armazenamento dos combustíveis.