Biodegradação de querosene de aviação por fungos filamentosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: MACIEL, Carla do Couto Soares
Orientador(a): GUSMÃO, Norma Buarque de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1017
Resumo: O querosene é um produto derivado da destilação do petróleo, formado por uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos. O presente trabalho objetivou avaliar o potencial de Aspergillus tamarii (UFPEDA 870), Curvularia lunata (UFPEDA 885), Penicillium aurantiogriseum (UFPEDA 884), P. corilophylum (UFPEDA 886)e P. griseofulvum (UFPEDA 880), isolados de uma lagoa poluída na região portuária de Suape, Pernambuco, em degradar o querosene. Inicialmente foi feito um ensaio primário de degradação utilizando o indicador redox 2,6 diclorofenol indofenol. Em seguida os fungos foram adaptados em concentrações crescentes de querosene (1% a 30%) e os produtos da degradação foram analisados por fitotoxicidade. Os fungos que se destacaram foram submetidos ao ensaio de bioestímulo, onde foram empregados três meios de cultura: Bushnell-Haas: tradicional (BH1) e modificados com relações carbono:nitrogênio de 50:1 (BH2) e de 100:1 (BH3). Nos ensaios preliminares A. tamarii e P.griseofulvum apresentaram menor tempo de mudança do indicador, com 14 horas de contato e ainda promoveram um efeito sinérgico para com as demais linhagens, quando em consórcio. Nos ensaios de adaptação, os mesmos cresceram em até 30% de querosene, enquanto que as demais linhagens não sobreviveram a concentrações superiores a 5% (C. lunata) ou produziram baixos teores de biomassa (P. aurantiogriseum e P. corilophyllum), a partir de 15%. Nos ensaios de fitotoxicidade, os resíduos da biodegradação por A. tamarii e por P. griseofulvum, causaram menor impacto às sementes de Brassica oleracea var. capitata (repolho roxo) até a concentração de 12%, obtendo-se 62,6% e 83,6% para o índice de germinação, respectivamente, embora todas as sementes tenham germinado. Para os resíduos degradados por C. lunata, P. aurantiogriseum e P. corilophyllum, as sementes não cresceram apenas germinaram, indicando toxicidade dos produtos da degradação. Os experimentos de bioestímulo realizados com A. tamarii e P. griseofulvum, mostraram maior degradação dos hidrocarbonetos alifáticos do querosene no meio de BH 1 para A. tamarii, enquanto que para P. griseofulvum a melhor composição de meio foi em BH 3. Os resultados obtidos destacam A. tamarii (UFPEDA 870) e P.griseofulvum (UFPEDA 880) como microrganismos promissores na biorremediação de ambientes impactados por querosene