Estabilidade primária de implantes imediatos em comparação com implantes instalados em áreas edêntulas : uma revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bizzi, Isabella Harb
Orientador(a): Fiorini, Tiago
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252780
Resumo: Implantes imediatos instalados em alvéolos frescos são uma opção alternativa para a instalação tardia de implantes, que visa reduzir tempo de tratamento, além de promover maior satisfação e conforto do paciente. Entretanto, em função de um aporte ósseo reduzido, alguns pré-requisitos devem ser seguidos para garantir uma maior estabilidade primária, que é preditiva da futura osseointegração desses implantes. Tendo em vista a escassez da literatura sobre o assunto, o objetivo deste estudo foi comparar a estabilidade primária de implantes imediatos instalados em alvéolos frescos com implantes tardios, bem como avaliar os fatores que afetam o resultado. Uma busca sistemática da literatura por estudos clínicos publicados até janeiro de 2022 foi realizada usando seis bases de dados eletrônicas, bem como literatura cinza e pesquisa manual. A estabilidade primária foi avaliada por meio de análise de frequência de ressonância, torque de inserção e Periotest. Outras subanálises foram realizadas para investigar os fatores que podem afetar o resultado. As metanálises foram realizadas sempre que possível. De 3413 títulos encontrados, 4 estudos randomizados e 3 não randomizados foram incluídos, representando um total de 353 indivíduos com 423 implantes. Seis estudos foram incluídos na metanálise e mostraram uma diferença média no Quociente de Estabilidade do Implante (ISQ) de -3,96 (IC 95%: -7,11, -0,81; p = 0,01), favorecendo o grupo de implantes tardios. As análises de subgrupo mostraram que a significância persistiu no grupo de baixo risco de viés (p=0,04), mas não no grupo com risco de viés moderado (p=0,06). Também foi observada maior estabilidade para implantes mais largos no grupo de alvéolos frescos, não havendo, portanto, diferença entre os grupos experimentais. Já nos implantes convencionais, a diferença no ISQ foi de -6,19 (p=0,0004) nos implantes instalados em alvéolos frescos. Controversamente, maiores diferenças entre os grupos foram relatadas quando a extração foi realizada 2 a 3 meses antes (ISQ=- 7,02; p=0,003) do que 4 a 6 meses antes (ISQ=-2,71; p=0,11). Não foi possível realizar metanálises para torque de inserção e Periotest, mas ambos os métodos apresentaram tendência de maior estabilidade para o grupo de implantes tardios. Concluiu-se que uma maior estabilidade primária foi alcançada no grupo de implantes tardios. No entanto, implantes mais largos parecem contornar o problema. Devido à alta heterogeneidade, contudo, os resultados requerem interpretação cautelosa.