Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Vitoria Brum da Silva |
Orientador(a): |
Figueiró, Fabrício |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/210549
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Resumo: |
A Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) é uma neoplasia maligna resultante da proliferação clonal de células associadas aos estágios precoces de maturação linfoide. O sistema purinérgico está envolvido na imunomodulação, porém não se sabe se a expressão e função das enzimas purinérgicas estão alteradas na LLA-B. Além disso, parece que os linfócitos regulatórios (Bregs e Tregs) estão envolvidos com a produção de nucleotídeos extracelulares do sistema purinérgico; esses fatores podem ser responsáveis pela criação de microambientes imunossupressores nos pacientes com LLA-B. O objetivo do trabalho foi correlacionar a expressão dos genes purinérgicos com a sobrevida e caracterizar o sistema imune com ênfase no sistema purinérgico em pacientes com LLA-B. Dessa forma, para as análises in silico, utilizamos dados transcriptômicos. Pacientes LLA foram separados em: LLA recorrente e LLA nãorecorrente; e, após, separados em sangue periférico (SP) ou medula óssea (MO). E para as análises in vivo, amostras foram marcadas com CD3, CD4, CD8, CD19, CD20, CD25, CD45, CD38, CD39 e CD73, sendo as populações celulares analisadas por citometria de fluxo. Observamos que o aumento da expressão do gene CD38 em amostras de MO LLA recorrente/LLA não-recorrente têm impacto negativo na probabilidade de sobrevida global dos pacientes, aumentando o risco de morte. Em amostras de sangue periférico, observamos uma menor quantidade de células CD73+, no grupo LLA, em subpopulações de células T CD4+ e Bregs. Ainda, cada célula T CD8+ expressa mais CD38 em sua membrana celular, ao passo que está menos expressa na membrana das células B e Bregs. Além disso, vimos uma correlação positiva entre CD38 e CD39 na subpopulação de Tregs no grupo LLA, quando avaliada pela frequência. Em amostras de medula óssea, observamos uma maior porcentagem de células CD38+ em subpopulações de células T CD4+ e CD8+, e de células CD39+ na população de Tregs e células CD73+ em subpopulações de células B e Bregs e uma correlação positiva entre CD38 e CD73 na população de células T CD4+ e entre CD38 e CD39 na população de células Bregs no grupo LLA, quando avaliado pelo MFI. No grupo risco padrão (baixo), observamos que cada célula T CD8+ expressa mais CD38 em sua membrana celular no grupo LLA, ao passo que expressa menos nas células B e Bregs. Ainda no grupo risco baixo, as células Treg expressam menos CD39 em sua membrana celular no grupo LLA. No grupo risco alto, há menos células T CD4+CD73+, porém verificamos uma maior expressão de CD73 nas células Bregs, bem como CD39 nas células T CD8+. Ainda, cada célula TCD8+ expressa mais CD38 em sua membrana celular no grupo LLA, e menos na das células B e Bregs. Vimos uma correlação negativa entre CD38 e CD39 na população de Tregs no grupo LLA, quando avaliado pela frequência. CD38 pode estar envolvido no desenvolvimento e progressão da LLA-B. Podemos sugerir que o perfil da frequência de linfócitos pode influenciar o resultado do tratamento em nichos e grupos de risco diferentes, bem como o perfil de expressão e correlação das ectonucleotidases. Faz-se necessário mais pesquisas a respeito das ectonucleotidases, principalmente da CD38, na LLA-B. O entendimento do sistema imune no contexto purinérgico abre perspectivas interessantes como ferramenta para prognóstico e terapia para pacientes com LLA-B. |