Entre a palavra pênsil e a escuta porosa : [investigações sob proposições sonoras]

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Stolf, Maria Raquel da Silva
Orientador(a): Fervenza, Hélio Custódio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Som
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/34774
Resumo: Esta pesquisa apresenta investigações teóricas interseccionais à produção de “proposições sonoras” (agrupadas em CDs de áudio) que podem ser desdobradas em instalações, ações, intervenções, vídeos, fotografias, textos e desenhos. Para tanto, busca-se pensar ressonâncias, intersecções, desvios e deslocamentos entre sons, textos e contextos, propondo articulações entre algumas questões que atravessam minha produção, perguntas que partem das proposições realizadas. São elas: como articular relações entre a palavra (escrita e falada), a leitura e a escuta através de minhas proposições? Como colocar a escrita e a escuta em suspensão? Como oscilar ou suspender um texto? Como propor uma escuta que perceba e pense modulações entre barulho, ruído e rumor? Como propor uma escuta de silêncios? Como são concatenados meus CDs de áudio e de que modo ocorrem os desdobramentos das proposições sonoras em instalações, ações sonoras e vídeos? A nuvem de perguntas acima dialoga com uma série de autores e está atrelada a trabalhos agrupados em três blocos co-implicados: “Palavra pênsil”, “Barulho, ruído e rumor” e “Silêncio acústico”. Nesses blocos, aborda-se: o uso de palavras em proposições artísticas, que pressupõe um processo de escrita em que a palavra ocupa espaço e solicita tempo, que pende e se torna “palavra-partitura”, catalisando desdobramentos sonoros e experiências acústicas; a questão da escuta, propondo-se estremecê-la e exercitá-la como uma escuta que absorve os ruídos do entorno, que percebe e reinventa variações entre barulho, ruído e rumor (palavras-conceitos definidos a partir de suas espessuras etimológicas e a partir das proposições apresentadas); investigações em torno de conceitos de silêncio: o silêncio enquanto suspensão de sentido, rumor incessante e uma espécie de silêncio que transita semanticamente na própria escuta.