Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Alferes |
Orientador(a): |
Koller, Silvia Helena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193864
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Resumo: |
A presente tese está composta por dois estudos. O primeiro estudo procurou realizar a adaptação transcultural do Questionário da Juventude Brasileira (QJB) para o contexto moçambicano. O segundo estudo visou a identificar os indicadores de comportamentos de risco, factores de risco e de protecção. O QJB que foi produzido para a “Juventude Brasileira” inclui dados bio-sociodemográficos (e.g., sexo, idade, religião, escolaridade), a Escala de Autoestima de Rosenberg e a Escala de Auto-eficácia Geral. A amostra do estudo I foi constituída por sujeitos do estudo de validação do instrumento num total de 796 participantes de escolas públicas de Moçambique, matriculados da oitava ao 12º ano, nos três turnos (manhã, tarde e noite). As faixas etárias situaram-se entre 12 aos 24 anos de ambos os sexos (M 16,8= anos; DP = 2,5 anos), sendo que 376 (47,2%) eram do sexo masculino. No estudo I foram descritas as seguintes equivalências: conceitual e de itens, semântica, de mensuração (consistência interna, análise factorial e validade de construto), operacional, funcional, avaliação pelo público-alvo e o estudo-piloto. Os resultados do estudo I a partir das análises factoriais exploratórias das diferentes dimensões que compõem o instrumento, depois de serem testadas as estruturas factoriais mostraram-se consistentes ao instrumento original. O instrumento adaptado mostrou boas propriedades psicométricas e satisfatórias evidências de validade e fidedignidade para o contexto moçambicano. No estudo II foi descrito a contextualização da situação dos adolescentes e jovens moçambicanos, a partir de uma caracterização bio-sociodemográfica, saúde, educação. Este estudo também descreveu os comportamentos, factores de risco e de protecção, assim como o ajustamento psicossocial. No estudo II, foi utilizada a mesma amostra de 796 adolescentes e jovens, descrita no Estudo I. O estudo II mostrou diferentes indicadores de factores e comportamentos de risco, sendo os mais relatados ameaça ou humilhação, soco ou surra, ter engravidado ou engravidar-se, suicídio, uso de substâncias licitas e ilícitas. O estudo mostrou diferenças nos factores e comportamentos entre os sexos. As meninas mais susceptíveis ao abuso sexual, relação sexual forçada, gravidez precoce e suicídio do que os meninos. Os meninos apresentaram mais comportamentos anti-sociais, tais como expulsão, reprovação escolar e comportamentos de risco relacionados ao consumo de álcool e drogas ilícitas. Observou-se que os indivíduos que manifestaram altos níveis de auto-eficácia, auto-estima, expectativas sobre o futuro, apoio percebido família e da comunidade se envolviam em comportamentos de risco com menor frequência em comparação aos que apresentaram baixos níveis de auto-eficácia, auto-estima, expectativas sobre o futuro, apoio percebido família e da comunidade. A partir dos resultados obtidos, pode-se inferir que os adolescentes e jovens em Moçambique, em situação de vulnerabilidade social apresentam diversos comportamentos de risco, considerados prejudiciais à sua saúde. Através desta pesquisa permitiu identificar os principais comportamentos e factores de risco e de protecção em adolescentes e jovens. O conhecimento destas demandas ajuda a conhecer melhor às suas necessidades de modo a garantir os seus direitos mais fundamentais, como acesso à educação, saúde e outros serviços básicos para minimizar a sua exposição ao risco e vulnerabilidade que podem comprometer o seu desenvolvimento social e integrado. |