Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Yunes Filho, Eduardo Bardou |
Orientador(a): |
Maia, Ana Luiza Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/159096
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Resumo: |
A hipocalcemia é uma frequente complicação associada a cirurgias cervicais por patologias tireoidianas, sendo a mais comum intercorrência após tireoidectomia total. Além disso, consiste em uma importante causa para aumento do tempo de hospitalização, se manifestando de forma laboratorial isolada ou sintomática geralmente 24 a 48 horas após o procedimento. Devido a curta meia vida do paratormônio (PTH), sua concentração sanguínea pode decair rapidamente após a cirurgia, antes mesmo da instalação de hipocalcemia pós-tireoidectomia. Pelo exposto, níveis séricos de PTH intacto (iPTH) têm sido avaliados como fator preditivo desta complicação. Entretanto, a heterogeneidade e ausência de padronização metodológica entre os estudos, leva a inexistência de consenso em relação ao momento ideal para sua dosagem e valores mais acurados para este fim. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar o papel do iPTH como marcador precoce de hipocalcemia. Para tal, foi realizado estudo de coorte, onde indivíduos submetidos à tireoidectomia foram avaliados e acompanhados por 6 meses em um hospital universitário terciário. Os níveis de iPTH foram aferidos nas primeiras 4 horas (iPTH 4h) e na manhã do dia seguinte após a cirurgia (iPTH 1º PO). As características clínicas, cirúrgicas e laboratoriais de cada indivíduo foram comparadas quanto a ocorrência ou não de hipocalcemia, que foi definida por níveis de cálcio total corrigidos pela albumina ≤ 8,0 mg/dL e/ou presença de sinais ou sintomas compatíveis. Os pontos de corte de maior acurácia diagnóstica de ambos momentos foram determinados através da curva ROC e suas áreas sob a curva (AUC) comparadas. O estudo incluiu 101 pacientes, dos quais 68,3% realizaram tireoidectomia total e 31,7% parcial. A maior parte da amostra foi constituída por mulheres (92,1%) e a média geral de idade foi de 52,4 ± 12,9 anos. Hipocalcemia ocorreu em 25 pacientes (24,8%). Quando comparado ao grupo de indivíduos sem hipocalcemia, o grupo de pessoas com esta complicação apresentou maior proporção de pacientes submetidos a tireoidectomia total (96 vs. 59,2%, P=0,001), maior duração do procedimento cirúrgico (160,6 ± 41,5 vs. 124,7 ± 39,3 minutos, P<0,001) e maior proporção de intercorrências relacionadas as paratireoides (40 vs. 10,5%, P=0,002). Os níveis de iPTH 4h e iPTH 1º PO foram significativamente mais baixos nos pacientes que apresentaram hipocalcemia (5.5 [3.6-17.5] vs. 58.0 [34.9-81.6] e 4.4 [3.2-11.8] vs. 48.0 [33.8-68.3], P<0,001). Os valores de iPTH de maior acurácia para predição de hipocalcemia pós-tireoidectomia foram iguais a 19,55 pg/ml no primeiro momento de medida e 14,35 pg/ml no seguinte. A análise da curva ROC destes pontos de corte mostrou AUC igual a 0,93 para iPTH 4h (sensibilidade de 86,9% e especificidade de 94,2%) e a 0,94 para iPTH 1o PO (sensibilidade de 88% e especificidade de 98,6%), não havendo diferença significativa ao comparar os dois momentos (Z -0,81, P=0,41). Em conclusão, nossos resultados demonstram que os níveis séricos de iPTH dosados nas primeiras 4 horas ou na manhã do primeiro dia pós-operatório, são bons preditores de hipocalcemia pós-tireoidectomia. Ambos momentos de medida apresentaram a mesma acurácia para este fim, embora com diferentes pontos de corte. Os resultados obtidos são de importante significado clinico para o seguimento pós-operatório de indivíduos submetidos a tireoidectomia, viabilizando alta hospitalar mais precoce e segura após o procedimento. |