Resistência aos fármacos e os resultados evolutivos clínico-laboratoriais observados em pacientes com tuberculose participantes do inquérito nacional de resistência em Porto Alegre no período de 2006 - 2007

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Micheletti, Vania Celina Dezoti
Orientador(a): Moreira, José da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
HIV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/89989
Resumo: Tuberculose droga resistente (TBDR) e Tuberculose multidroga resistente (TBMDR) constituem preocupação mundial, usualmente associadas com abandono do tratamento e aumento da mortalidade. Em 2009 a incidência de tuberculose (TB) em Porto Alegre foi de 116/100.000 habitantes, e a taxa de abandono do tratamento anti-TB foi de 15,0%. Objetivo: Conhecer o comportamento epidemiológico da tuberculose resistente em Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal e de coorte histórica não concorrente. Incluiu 299 pacientes procedentes de hospitais e unidades básicas de saúde, participantes do II Inquérito Nacional de Resistência as Drogas em Tuberculose (INRDT) realizado em Porto Alegre, em 2006 e 2007. Os pacientes apresentaram amostras com cultura positiva, teste de sensibilidade e espécie da micobactéria confirmada. Os dados foram coletados de entrevistas com os pacientes, dos prontuários, e de sistemas outros de informação. Resultados: Observou-se uma prevalência global de TBDR e TBMDR, respectivamente, de 14,4% e 4,7%. Em pacientes virgens de tratamento, a prevalência de TBDR e de TBMDR foi, respectivamente, de 8,5% e 2,2%; e, em pacientes com tratamento anti-TB prévio, foi de 68,0% para a TBDR e de 12,0) para a TBMDR. Por meio de modelos multivariados, as variáveis independentemente associadas à TBDR foram retratamento e duração de sinais e sintomas respiratórios, enquanto que na TBMDR, somente sintomas respiratórios mantiveram-se associados. Os pacientes com TBDR apresentaram menor negativação da baciloscopia durante o tratamento, menor proporção de cura, maior tendência a referir hemoptise e recidiva, e os com TBMDR apresentaram mais vezes doença renal crônica. Conclusão: Os resultados obtidos em Porto Alegre sinalizam a necessidade de estratégias que efetivem a detecção precoce de TBDR e monitoramento da qualidade da assistência terapêutica.