A produção científica nacional em Engenharia à luz da Web of Science : (1966-2014)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Josiane Gonçalves da
Orientador(a): Vanz, Samile Andrea de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/142316
Resumo: Esse estudo trata de investigar as características da produção científica nacional em Engenharia através de 95.069 publicações indexadas na base de dados Web of Science no período entre 1966 a 2014. Através do método bibliométrico, foram analisados os seguintes indicadores de macro abrangência: evolução temporal da produção científica, idiomas, tipologia documental, periódicos centrais, eventos principais, autores mais frequentes, temas recorrentes e coocorrências. Verifica-se que as publicações nacionais de Engenharia perfazem 1,02% da produção mundial nesta área, e 15,76% da produção científica nacional. Demonstra crescimento anual consistente conforme coeficiente de determinação polinomial de 0,9846. As médias de crescimento anual e quinquenal são, respectivamente, 12,53% e 68,09%, superiores a da Ciência brasileira. Indica como subáreas de Engenharia mais produtivas, a Engenharia Multidisciplinar, Engenharia Elétrica, Engenharia de Materiais e Metalúrgica, Engenharia Nuclear e Engenharia Química. A Engenharia Multidisciplinar além de mais produtiva, também é a subárea com maior média de crescimento anual (20,02%), seguida por Engenharia Civil (15,50%) e Engenharia de Produção (15,06%). O idioma predominante nas publicações é o inglês, com 97,46%. Também reflete a importância quase igual dos trabalhos de evento e artigos de periódico para a comunicação científica da Engenharia e de subáreas como Multidisciplinar e Elétrica. Dentre os 130 periódicos centrais, os dois primeiros são nacionais, classificados em estratos altos do Qualis e posicionados nos menores Quartis do JCR. Contudo, a maioria dos títulos são internacionais, se classificam nos primeiros estratos Qualis, se posicionam nos primeiros Quartis do JCR e se classificam primordialmente nas subáreas de Engenharia Química, Engenharia de Materiais e Metalúrgica e Engenharia Nuclear. Observa que cada autor produziu em média, 3,93 publicações ao longo do tempo e que o autor mais produtivo pertence à área de Química, mas autores brasileiros da área de Engenharia predominam no ranking. A análise de coocorrências das subáreas indica que a Engenharia de Materiais é central na rede, influenciando estudos correlatos nas demais subáreas. Dentre as 68 palavras-chave mais significativas, atribuídas livremente pelos autores das publicações, a mais freqüente foi artificial neural networks, ou Redes neurais artificiais, termo presente em publicações de todas as subáreas. Verifica-se que houve predomínio temático sobre temas estratégicos como nanotecnologia e biotecnologia, biocombustíveis (bioetanol e biodiesel) e siderurgia. Sugere que o país ainda precisa reforçar a pesquisa em temas que podem consolidar a liderança e competitividade, como recursos hídricos, indústria naval e cabotagem, construção civil, energias renováveis e plásticos. Conclui que a Engenharia encontra-se em franco desenvolvimento no Brasil, com indicativo de internacionalização. O aumento da representatividade mundial da pesquisa brasileira em Engenharia pode conceder ao Brasil num novo estágio de desenvolvimento, mais próximo ao de países desenvolvidos como França, Canadá e Espanha.